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Proteção Civil avisa perante ciclone Kirk: Da prevenção ao que esperar

O ciclone Kirk já passou pelos Açores esta terça-feira, e é esperado chegar ao continente na quarta-feira. Entre chuva persistente, vento forte e agitação, eis os conselhos da Proteção Civil.

Proteção Civil avisa perante ciclone Kirk: Da prevenção ao que esperar
Notícias ao Minuto

17:40 - 08/10/24 por Notícias ao Minuto

País Kirk

 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) deixou, esta terça-feira, um alerta à população, no âmbito das condições meteorológicas, que são esperadas agravar devido à passagem do ciclone Kirk.

De acordo com a informação disponibilidade pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em causa estão fenómenos como a precipitação persistente, vento forte e agitação marítima, que surgem na sequência do ciclone Kirk.

O que vai acontecer na meteorologia?

  • Precipitação persistente, por vezes forte, até ao final da manhã do dia 9 no Norte e Centro, com maiores acumulados nas zonas montanhosas do Minho;
  • Vento de sudoeste, com rajadas até 95 km/h a norte do Cabo Mondego na madrugada/manhã do dia 9, sendo até 120 km/h nas terras altas do Norte e Centro;
  • Ondas do quadrante oeste com 4 a 5 metros na costa ocidental, aumentando para 5 a 7 metros no dia 9.

E o que esperar?

Sublinhando que as primeiras chuvas e episódios de estações de transição são propícios a vários cenários, a Proteção Civil explica os cenários que são propícios:

  • A ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
  • A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
  • A originar instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
  • A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
  • O arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

Quais as medidas preventivas?

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

Os acumulados nas bacias

A ANEPC dá ainda conta da acumulação esperadas nalgumas bacias, nas próximas 72 horas - acumulações que deverão ser mais expressivas nas bacias do Minho e Lima, Cávado, Ave e Paiva, Douro, Tâmega, Vouga e Mondego, podendo ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis (incluindo zonas urbanas):

  • Bacia do Minho: Aumento significativo das afluências, sem situações críticas;
  • Bacia do Lima: Aumento significativo das afluências com possibilidade de impacto nas povoações ribeirinhas, em especial em Ponte da Barca e Ponte de Lima.
  • Bacia do Cávado: Aumento significativo das afluências e possibilidade de impacto nas zonas ribeirinhas a jusante de Vilarinho das Furnas;
  • Bacia do Douro: Aumento significativo das afluências, incluindo na sub-bacia do Tâmega e rio Sousa, sem situações críticas.;
  • Bacia do Vouga: Aumento significativo das afluências, em especial em Águeda;
  • Bacia do Mondego: Aumento significativo das afluências a Coimbra, principalmente devido a contribuições de afluentes não controlados.

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