Centenas de bombeiros sapadores invadiram, esta quarta-feira, as escadarias da Assembleia da República, em Lisboa, como forma de protesto por uma regulamentação do horário de trabalho, pela reforma aos 50 anos e por um regime de avaliação específico, entre outras condições de trabalho.
Nas redes sociais, são vários os vídeos e fotografias que mostram os momentos de tensão, numa altura em que a polícia forma um cordão à entrada do Parlamento e recebe reforços da Unidade Especial de Polícia da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Durante os protestos, que começaram ao meio-dia com latas de fumo, os manifestantes incendiaram vários pneus e queimaram um fato de trabalho dos bombeiros.
Às 12h30 cantaram o hino nacional, depois de terem gritado uma única palavra de ordem: "Sapadores".
"Tenham dignidade e respeito pela nossa profissão", ouvia-se também.
Eis algumas imagens dos momentos de tensão que se vive junto à Assembleia da República:
PS e PSD falharam aos bombeiros! pic.twitter.com/Z5vuPf9clT
— Ricardo Reis (@OReis99) October 2, 2024
O que dizem os bombeiros sapadores às políticas de PS e PSD?
— Ricardo Reis (@OReis99) October 2, 2024
“VERGONHA”
7.03€ mês de subsidio de risco!
A vossa luta é a nossa luta! pic.twitter.com/MneIl9rtjy
Em declarações à imprensa, o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), Ricardo Cunha, afirmou que os profissionais querem que "o Governo, de uma vez por todas, regulamente a carreira dos bombeiros sapadores, [...] que seja igual em qualquer parte do país".
O responsável adiantou que, neste momento, "os bombeiros estão a extravasar a revolta que têm", que é o resultado de "mais de 20 anos sem respostas do Governo".
Sapadores invadem escadaria da AR. "Respeito e dignidade pela profissão"
O protesto, que pelas 12h25 reunia centenas de manifestantes, arrancou cerca meia hora antes com o rebentamento de vários petardos, ao som de heavy metal e rock'n'roll.
Daniela Filipe | 12:28 - 02/10/2024O SNBS pede ainda "a regulamentação da carreira, onde sejam contemplados os suplementos de risco, penosidade e insalubridade, bem como a disponibilidade permanente, em percentagem e à parte do vencimento", assim como um horário de trabalho "a nível nacional que garanta a operacionalidade e a segurança dos bombeiros e daqueles que por eles são socorridos".
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