Foi há exatamente um ano, a 30 de setembro de 2023, que Américo Aguiar se tornou no 47.º cardeal português da História. Um ano após ter recebido o barrete cardinalício das mãos do Papa Francisco, numa celebração que teve lugar na Praça de S. Pedro, no Vaticano, Américo Aguiar, que é também bispo de Setúbal, fala numa "adaptação a uma realidade que" ninguém espera e para a qual ninguém "está preparado".
"[É um primeiro ano de ] adaptação a uma realidade que nenhum de nós espera, nem de nenhum de nós está preparado", disse, segundo cita uma nota hoje divulgada no site oficial da Diocese de Setúbal.
"Vamo-nos convertendo, vamo-nos adaptando. A principal questão que me condiciona, por vezes, tem a ver com a espontaneidade de uma resposta, ou de uma partilha, ou de um gesto, que tenho de ter consciência que, nesta circunstância, posso estar a vincular negativamente, ou vincular sem ter razão para isso, qualquer posicionamento do Santo Padre, ou até da Igreja, atendendo a que sou cardeal. Mas, tirando isso, é uma preparação que eu acho que dura até ao fim da vida", acrescentou.
Para Américo Aguiar, a maior "riqueza" do colégio cardinalício é a sua "diversidade".
"Vamos fazendo parte de um grupo que é tão representativo do mundo, e os últimos Papas foram fazendo um esforço para que os cardeais viessem das proveniências mais diversas. E o Papa Francisco tem-nos surpreendido, com alguns como eu", frisou.
De notar que o bispo de Setúbal encontra-se no Vaticano, por ocasião da sua participação no Sínodo dos Bispos, a convite do Papa.
Recorde, na fotogaleria acima, o momento em que Américo Aguiar recebeu o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula de criação. Foi-lhe atribuído o título da Igreja de Santo António de Pádua na Via Merulana, em Roma.
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