Cúmplices da fuga de reclusos poderão ser "militares de forças especiais"
Junto ao muro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus foi encontrado "um abrigo", onde os cúmplices "terão pernoitado" antes de ajudaram na fuga da manhã de sábado.
© Global Imagens/ Leonardo Negrão
O advogado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Pedro Proença, revelou, esta terça-feira, que foi encontrado "um abrigo" junto ao muro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, no distrito de Lisboa, que terá sido usado pelos cúmplices que ajudaram na fuga de cinco reclusos, na manhã de sábado. Ainda de acordo com o responsável, os cúmplices "têm obviamente preparação militar" e poderão integrar "unidades especiais de forças militares".
"Esse abrigo foi encontrado, o que significa que esses indivíduos estariam já há algumas horas junto ao muro do estabelecimento prisional, escondidos nesse abrigo", começou por explicar Pedro Proença, em declarações aos jornalistas, acrescentando que os cúmplices "terão pernoitado" no abrigo.
No local, "foram encontradas latas de refrigerantes", que foram já recolhidas pela Polícia Judiciária (PJ) para analisar se existe uma "eventual prova biológica".
Já as câmaras de segurança, mostram que os cúmplices fizeram uma "abordagem tática" ao muro do estabelecimento prisional, que é "típica das operações especiais, o que significa que estes indivíduos têm obviamente preparação militar especial". "Provavelmente, integram unidades especiais de forças militares ou integraram", explicou.
Recorde-se que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) anunciou, na manhã de sábado, que cinco reclusos fugiram do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, no distrito de Lisboa.
Uma avaliação preliminar, através das imagens de videovigilância, aponta que os cinco homens terão fugido pelas 10h00 "com ajuda externa através do lançamento de uma escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior", referiu a DGRSP.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e 61 anos.
© SNCGP/Facebook
Condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, entre os crimes estão tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
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