O ministro da Educação, Fernando Alexandre, considerou, sobre os concursos de colocação dos docentes, que, tendo "agora os professores a entrarem de férias, toda esta incerteza que ainda existe não faz sentido" e é necessário "corrigir isso".
Em declarações aos jornalistas depois de se ter reunido com vários sindicatos do setor no Ministério da Educação, em Lisboa, Fernando Alexandre afirmou que "o atual concurso começou em abril, e é possível começá-lo em janeiro". "Podemos ter muitas das dimensões que são essenciais para o planeamento do ano letivo, para o normal funcionamento das escolas, muito antecipadas", considerou, apelando a "uma preparação mais atempada" do ano letivo.
O ministério espera que "no próximo ano letivo, muitas das dimensões que estamos a discutir agora estejam tratadas há mais tempo, incluindo a colocação dos professores, porque é preciso fazer uma preparação mais atempada".
Nas mesmas declarações, Fernando Alexandre admitiu que, uma vez analisados os resultados dos concursos de colocação de professores e analisados os contornos do mesmo, se houver, "como é expectável", dificuldades em suprir falhas na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, "havendo este compromisso de redução significativa do número de alunos sem aulas, medidas adicionais poderão ser necessárias".
O "apoio à deslocação" não está previsto no pacote de medidas negociado com os sindicatos esta quarta-feira, mas é algo que o Governo considera que pode "vir a implementar no próximo ano letivo".
"É preciso algum incentivo para que possa haver um incentivo adicional. Estamos à espera de ver onde vamos ter necessidades maiores para tomar medidas adicionais", admitiu.
O ministro da Educação afirmou, ainda, que o Governo está a "fazer tudo" para ter um ano letivo "a decorrer com normalidade e corrigindo insuficiências que tivemos nos anos passados". Esta semana "haverá mais medidas anunciadas", revelou.
Fernando Alexandre recebeu várias entidades sindicais na manhã desta quarta-feira, entre elas a Federação Nacional da Educação (FNE) e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), para uma segunda ronda de negociações. O Governo tem em mãos o denominado Plano +Aulas +Sucesso, com o qual pretende colmatar a falta de professores que se fazem sentir em várias escolas do país, quando falta sensivelmente um mês e meio para o arranque do próximo ano letivo.
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