"Aquilo que toda a gente reconhece, aquilo que as instituições europeias reconhecem fora, e portanto também dentro do país, é que o governo do PS deixou uma boa situação orçamental e financeira, isso é que é um dado que ninguém pode negar e do qual beneficia este Governo, porque é a boa situação orçamental e financeira que tem permitido ao Governo chegar, por exemplo, a acordo com alguns setores profissionais", afirmou.
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas no final de uma visita ao Polo de Saúde de Carcavelos, no concelho de Cascais (distrito de Lisboa).
O líder socialista reagia à notícia avançada pelo jornal Eco de que o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu à Águas de Portugal a distribuição de 100 milhões de euros de dividendos por forma a baixar a dívida pública.
Pedro Nuno Santos defendeu que "as empresas públicas são do Estado, o Estado não está a tirar dinheiro que não é do Estado".
O secretário-geral do PS sustentou que "o acionista é o Estado e quem gere o Estado são os governantes, em cada momento foram eleitos para essas funções e tomam opções políticas".
"Verdadeiramente relevante é nós constatarmos o óbvio, que é nós hoje termos uma situação orçamental e financeira suficientemente confortável que leva a que o Governo esteja a tomar e a anunciar medidas com elevado custo orçamental", salientou, considerando que "isso faz-se porque há um trabalho que deixou as contas públicas saudáveis e equilibradas".
Questionado se esta poderá ter sido uma medida de engenharia financeira, Pedro Nuno Santos respondeu: "Eu lamento, mas se há um ganho importante nos últimos anos foi a redução da dívida pública e ter-se atingido excedente orçamental".
"Isso são ganhos, são ganhos que são reconhecidos em todo o lado pelas instituições internacionais. Portanto, são bons resultados que permitem a que o Governo hoje possa tomar medidas com elevado custo orçamental", reforçou.
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