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Escária não se lembrava dos mais de 70 mil euros encontrados no gabinete

Quando questionado sobre o dinheiro, Vítor Escária só se lembrava de ali guardar 7.620 euros, sugerindo que estes seriam respeitantes a uma atividade profissional em Angola.

Escária não se lembrava dos mais de 70 mil euros encontrados no gabinete
Notícias ao Minuto

13:14 - 17/06/24 por Notícias ao Minuto

País Vitor Escária

Vítor Escária, o chefe de gabinete do antigo primeiro-ministro, António Costa, que guardava 75.800 euros em numerário dentro de envelopes, no seu gabinete no Palácio de São Bento, terá dito, durante as buscas da Operação Influencer, que não se lembrava de ali ter aquele dinheiro.

A revelação, entre outras, resulta das escutas do processo a que a CNN Portugal teve acesso. Nas buscas, presididas por um juiz de instrução, que duraram mais de seis horas, a PSP encontrou os maços de notas, que não estavam afinal numa só estante mas noutros dois locais.

A maior tranche continha 40 mil euros e estava escondida dentro da caixa de uma garrafa de champanhe.

Quando questionado sobre o dinheiro, Vítor Escária disse só se lembrar de ali guardar 7.620 euros, sugerindo que estes seriam respeitantes a uma atividade profissional em Angola, anterior ao seu desempenho de funções no Governo. Sobre os restantes mais de 60 mil euros, Escária mostrou-se surpreendido.

Além do dinheiro, a PSP encontrou também documentos de interesse para efeitos de prova, discos externos e pen-drives com informação de natureza fiscal sobre funcionários do Estado, alguns deles polícias, refere ainda aquele canal.

Recorde-se que Vítor Escária foi um dos cinco detidos em 07 de novembro, juntamente com Lacerda Machado, os administradores Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, por suspeitas relacionadas com negócios com lítio e hidrogénio.

Durante as buscas, no âmbito da Operação Influencer, ao antigo chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, foram apreendidos 75.800 euros em numerário, dentro de envelopes.

No total, há nove arguidos no processo, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

O primeiro-ministro, António Costa, que surgiu associado a este caso, foi alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão, tendo o Presidente da República marcado eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

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