"Nós, os bispos de Timor, manifestamos a nossa mais firme censura a qualquer forma de violência, que não pode ter lugar na sociedade em que vivemos e muito em particular no Santuário de Fátima", refere, em comunicado, a Conferência Episcopal Timorense.
Em causa estão os incidentes registados domingo em Fátima, que envolveram timorenses de dois alegados grupos de artes marciais, que provocaram um morto e quatro feridos.
"Queremos realizar, com este gesto público, um pedido de desculpas ao povo português, à Conferência Episcopal Portuguesa, em particular à Diocese de Leiria e aos seus fiéis, aos moradores e peregrinos do Santuário de Fátima pelos atos daqueles jovens, que perturbaram o sossego e a sacralidade do Santuário de Fátima", pode ler-se no comunicado.
Os bispos de Timor-Leste apelaram também aos jovens timorenses para que "rompam com as ondas e a espiral de violência. Que os jovens, em geral, vivam a sua fé cristã, se respeitem e amem uns aos outros e unam esforços para fazer o bem em qualquer país onde estejam".
O Presidente timorense, José Ramos-Horta, condenou também, quarta-feira, numa declaração feita no enclave de Oecússi, os incidentes em Fátima e aconselhou as autoridades portuguesas a expulsarem os cidadãos timorenses envolvidos, segundo a imprensa timorense.
Segundo José Ramos-Horta, grupos ou elementos das artes marciais já tinham criado problemas em Inglaterra e na Irlanda do Norte.
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