O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, afirmou, esta quarta-feira, que "há um período de pacificação" na greve após ter chegado a acordo com o Ministério da Justiça sobre o aumento do subsídio de recuperação processual.
"Há um momento de pacificação que permite que agora pensemos naquilo que é fundamental, que é a revisão do estatuto com a valorização salarial e também funcional", começou por afirmar, em declarações aos jornalistas após reunir com a ministra Rita Alarcão Júdice.
António Marçal confirmou ainda que o que foi acordado foi "uma alteração substancial ao suplemento de recuperação processual", prevendo um aumento do subsídio de recuperação processual (recuperação dos processos pendentes) de 10% do salário pago em 11 meses para 13,5% do salário pago em 12 meses, com efeito a 1 de junho.
Além disso, "abrange as situações de doença, de acidentes de trabalho e é aplicado aos trabalhadores que estão em regime experimental", destacou, acrescentando que "isto vai permitir um reforço daquela que é a matéria salarial".
"Mas mais importante que isso, desbloqueia o entrave que persistia de começarmos a negociar a valorização salarial. Há agora um período de pacificação e não fazia sentido mantermos as greves", destacou o presidente da SFJ.
Recorde-se que o Sindicato dos Funcionários Judiciais chegou, esta quarta-feira, a acordo com o Ministério da Justiça sobre a melhoria das remunerações, como o aumento do subsídio de recuperação processual.
Fonte do gabinete de imprensa do Ministério dirigido por Rita Alarcão Júdice divulgou que há acordo com o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), tendo o Governo subido a proposta para aumento do subsídio de recuperação processual (recuperação dos processos pendentes) de 10% do salário pago em 11 meses para 13,5% do salário pago em 12 meses, com efeito a 1 de junho.
A assinatura deste acordo com o principal sindicato do setor ocorre numa altura em que duram há cerca de ano e meio greves efetuadas pelos funcionários judiciais e que têm afetado o normal funcionamento dos tribunais.
O outro sindicato do setor - o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) - vai analisar a nova proposta do Ministério da Justiça que sobe um ponto percentual à anterior proposta.
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