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Madeira. JPP diz que está a preparar "cenários de estabilidade"

O secretário-geral do Juntos pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, disse hoje que está a preparar "cenários de estabilidade" para o executivo na sequência das eleições regionais de domingo, pedindo confiança aos madeirenses quanto à sua "capacidade de governança".

Madeira. JPP diz que está a preparar "cenários de estabilidade"
Notícias ao Minuto

15:02 - 27/05/24 por Lusa

Política Élvio Sousa

"Quero dizer-vos o seguinte: confiai em nós. Nós estamos a preparar cenários de estabilidade. Cuidado com os ruídos que vão surgir de um lado e do outro. Continuem a confiar na nossa palavra, na nossa capacidade de governança, na nossa solidez. Este é o momento para construir estabilidade", afirmou Élvio Sousa, num vídeo partilhado na página da rede social Facebook do JPP.

O secretário-geral do JPP começou por se dirigir aos madeirenses e porto-santenses, a quem destinou as "primeiras palavras" após as eleições regionais, em que o partido aumentou a representação parlamentar de cinco para nove deputados, deixando "um agradecimento de coração, sobretudo pela confiança e reconhecimento que depositaram".

Horas antes, também na rede social Facebook, Élvio Sousa já tinha partilhado um provérbio, numa alusão ao que tem afirmado quanto ao não apoio ao PSD, partido mais votado nas eleições de domingo e liderado na região por Miguel Albuquerque: "Mais vale manjar uma côdea de pão em paz, do que participar num banquete com ansiedade".

No domingo à noite, após serem conhecidos os resultados das eleições, que o PSD venceu sem maioria absoluta, Élvio Sousa remeteu conversações e entendimentos com outros partidos para hoje.

Questionado por diversas vezes sobre entendimentos, o dirigente do JPP deixou apenas a garantia de que "Miguel Albuquerque e o PSD estão fora da equação".

Ainda no domingo à noite, Élvio Sousa considerou que o partido é um "agente de estabilidade" e garantiu que a Madeira não ficará ingovernável por sua responsabilidade, sublinhando, no entanto, que ainda não ouviu "nenhum partido dizer que concordava com a agenda reformista" do Juntos pelo Povo.

"Nós afirmámos hoje [domingo] o JPP como a terceira força política regional, um partido regionalista, um partido do povo, dos agricultores, dos jovens, da classe média, o partido verdadeiramente da Madeira e do Porto Santo", enalteceu.

Segundo os resultados provisórios disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obtive 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados, sendo necessário 24 assentos para ter maioria absoluta.

Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa da Madeira, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

Há oito meses, nas anteriores regionais, o PSD e o CDS-PP, que concorreram coligados, elegeram 23 deputados, pelo que os sociais-democratas assinaram um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.

Catorze candidaturas disputaram no domingo os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas de domingo ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Leia Também: JPP é a grande surpresa das eleições na Madeira. Que partido é este?

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