A Procissão de Penitência e Acão de Graças de Nossa Senhora da Guadalupe ao Monte de Nossa Senhora d'Ajuda realiza-se ininterruptamente desde 1717, altura em que a Graciosa, no grupo Central do arquipélago, foi fustigada por uma enorme crise sísmica.
Num despacho publicado hoje em Jornal Oficial, o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) refere que a procissão católica é "um ato de fé de grande sacrifício, devido à distância que a mesma percorre".
No documento, assinado pelo presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, destaca-se ainda a "enorme adesão popular" na tradição, que contribui para "os valores identitários da ilha Graciosa".
Este cortejo tem ainda a particularidade de nunca se realizar ao domingo, "atendendo ao facto de que era tradição cada pessoa dar um dia do seu trabalho, em sinal de agradecimento".
Segundo o despacho publicado, a exceção na tolerância de ponto vai para "os trabalhadores dos serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo Regional competente".
Contudo, os dirigentes dos serviços e organismos abrangidos pela exceção devem atribuir "a equivalente dispensa do dever de assiduidade dos respetivos trabalhadores, em dia a fixar oportunamente".
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