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Morte de homem em balão resultou de "afogamento com suspeitas de enfarte"

Vítima foi encontrada sem vida, no domingo, nas águas da Barragem do Alqueva, no concelho de Mourão, em Évora, depois de ter participado num passeio de balão de ar quente.

Morte de homem em balão resultou de "afogamento com suspeitas de enfarte"
Notícias ao Minuto

18:53 - 30/04/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Alqueva

A autópsia ao corpo do homem que perdeu a vida na sequência de uma viagem de balão de ar quente, na barragem do Alqueva, concluiu que a morte se deveu a um "afogamento com suspeitas de enfarte". A notícia foi avançada pelo Observador e confirmada ao Notícias ao Minuto junto de fonte da  Polícia Judiciária (PJ).

De realçar que o corpo do homem, de 55 anos, continua no Gabinete Médico-Legal de Évora, aguardando-se ainda os resultados dos exames histológicos.

Já à agência Lusa, outra fonte policial confirmou que as diligências de investigações mantêm-se tendo em vista o apuramento de eventuais responsabilidades sobre a ocorrência.

Recorde-se que a vítima foi encontrada sem vida, no domingo, nas águas da Barragem do Alqueva, no concelho de Mourão, em Évora, depois de ter participado num passeio de balão de ar quente.

As primeiras informações davam conta de que o homem se tinha sentido indisposto pouco tempo depois de iniciar a viagem, em Monsaraz, no concelho vizinho de Reguengos de Monsaraz, e pedido para descer do balão. Já no solo, e apesar de ter sido assistido por uma equipa de apoio da empresa, terá acabado por morrer.

Contudo, segundo várias testemunhas, incluindo a namorada do homem, não foi bem assim que tudo aconteceu. Alexandra Santos contou que a vítima terá saído do cesto do balão para a água após uma amaragem não planeada a pedido do balonista, assim como outros dois ou três homens que faziam a viagem, para empurrar o cesto até à margem.

"O balão começou a inclinar-se para a água, por causa dos ventos, e, à velocidade a que íamos, o piloto também não teve hipótese e batemos na água, mas muito perto da margem. Ficámos todos com os pés molhados", relatou a mulher à Lusa, acrescentando que o veículo aéreo "continuou a andar" para a zona interior da albufeira, tendo então o piloto sugerido que alguns passageiros "fossem para o lado de fora para puxarem o cesto para terra".

Nessa altura balão ganhou altitude e "voltou a bater na água", pela segunda vez, agora "já mais distante da margem". Os passageiros voltaram todos ao cesto e o balão acabou por aterrar num olival privado. Apesar de o homem não ter regressado ao balão, a namorada só terá sido informada da sua morte quando ia já ao seu encontro.

"Ninguém o viu de pé, mas estava perto da margem quando o vimos pela última vez", disse a mulher.

As circunstâncias da morte estão agora a ser investigadas tanto pela PJ como pelo Ministério Público (MP). 

A Passageiros do Vento, empresa que organizou o passeio, recusa tratar-se de um "acidente aeronáutico" e garante que o homem saiu "voluntariamente" do balão. Porém, admite que "isso não quer dizer que a empresa não possa ter responsabilidade civil".

De acordo com a Lusa, o alerta para a ocorrência foi dado às 10h19. A Proteção Civil revelou que quando os bombeiros chegaram ao local encontraram o corpo junto à margem da albufeira, após ter sido avistado por "um funcionário da empresa do balão de ar quente".

Já o comandante dos Bombeiros de Mourão, Fábio Quintas, referiu à mesma agência de notícias que os operacionais da corporação retiraram a vítima da água e que esta "estava em paragem cardiorrespiratória". "O médico da VMER [viatura médica de emergência e reanimação] confirmou o óbito", disse.

[Notícia atualizada às 21h03]

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