Câmara de Lisboa vai analisar situação dos eletricistas em greve
A Câmara de Lisboa comprometeu-se hoje a analisar a situação dos trabalhadores eletricistas do município, que estão em greve para reclamar um suplemento de insalubridade e penosidade, e revelou que irá reunir-se com o sindicato na próxima semana.
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País Câmara de Lisboa
Em resposta à Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) destacou que o presidente da autarquia, Carlos Moedas, ouviu hoje as preocupações destes trabalhadores e comprometeu-se a analisar a situação dos eletricistas, que cumprem um dia de greve e se concentraram durante a manhã em frente à sede do município.
"A indicação de que a autarquia dispõe é que a legislação em vigor não permite enquadrar estes trabalhadores nas situações previstas para a atribuição do suplemento de insalubridade e penosidade. Ainda assim, o assunto vai ser analisado pela Câmara Municipal de Lisboa, que irá reunir com o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa na próxima semana", afirmou a CML.
A Câmara afirmou não ter números de adesão à greve, mas salientou que, até às 12:00, a paralisação não estava a afetar o normal funcionamento dos serviços.
Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) indicou, cerca das 10:00, que a adesão à greve dos eletricistas que trabalham na Câmara de Lisboa era de 98% em relação ao turno que teve início às 07:00 e que compreende cerca de 100 trabalhadores.
Segundo o sindicalista Nuno Almeida, foram afetados os serviços de manutenção dos edifícios e da iluminação pública na cidade.
Os trabalhadores estão hoje a cumprir uma greve de 24 horas para exigir a atribuição do suplemento de insalubridade e penosidade e, cerca das 10:00, concentraram-se junto à Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com o sindicato, os cerca de 100 trabalhadores têm reivindicado junto da autarquia o direito a receberem o subsídio.
O STML já fez várias propostas ao executivo de Carlos Moedas (PSD), mas o processo negocial está suspenso desde janeiro, afirmou Nuno Almeida.
Questionada pela Lusa na segunda-feira, a Câmara Municipal de Lisboa respondeu apenas que mantém "aberto o diálogo com o STML".
Em novembro do ano passado, os eletricistas concentraram-se na Praça do Município para entregar ao presidente do executivo um abaixo-assinado no qual exigiam a atribuição do suplemento.
Nessa altura, segundo o sindicato, Carlos Moedas assumiu a vontade de resolver o assunto.
Na mais recente reunião com o executivo camarário, em 30 de janeiro, o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, pediu ao STML que fundamentasse juridicamente o pedido, o que o sindicato fez.
"Entretanto, não obtivemos, nós e os trabalhadores, qualquer resposta", indicou Nuno Almeida, explicando que isso levou à decisão de "avançar para a greve".
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