A Polícia Judiciária (PJ), a Polícia Nacional espanhola, a Guardia Civil e a Vigilância Aduaneira da Agência Tributaria de Espanha, desmantelaram "a maior rede de narcotraficantes que atuava na zona do Estreito de Gibraltar", tendo detido 31 pessoas.

Em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, aquela autoridade dá conta que, além das detenções, foram ainda apreendidas três armas de fogo, 1.400 euros em dinheiro, 19 veículos topo de gama, sistemas de comunicações, sistemas informáticos e diverso equipamento informático.

A rede de tráfico de droga está "relacionada com uma das últimas grandes apreensões de produto estupefaciente, 4 mil quilos de haxixe e 627 quilos de cocaína", lê-se ainda na nota.

Na sequência das investigações desenvolvidas, as autoridades conseguiram ainda identificar o centro das operações do grupo criminoso "que se situava num luxuoso bairro de moradias perto da zona metropolitana de Lisboa". No local, "um histórico traficante de droga dirigia e coordenava todas as operações navais, dispondo para o efeito de um centro de operações equipado com as mais modernas tecnologias de comunicação", refere a PJ.

Desarticulada la mayor red de narcotransportistas del Estrecho por vía marítima a través de Embarcaciones de Alta Velocidad

Operación conjunta con Guardia Civil, Agencia Tributaria y Policía Judiciária de #Portugal

31 detenidos y realizados 24 registros domiciliarios pic.twitter.com/IB7XgwkGdU

— Policía Nacional (@policia) April 16, 2024

A organização tinha uma média de oito a dez EAV (Embarcações de Alta Velocidade) à sua disposição, que se encontravam em permanência na água - com as suas respetivas tripulações - "bem como uma grande e vasta rede de pequenas embarcações, que utilizava para fornecer tudo o que precisava (comida, combustível, combustível, água, etc.)", deu conta ainda.

Segundo a PJ, como havia a organização criminosa tinha um grande potencial económico, os membros dispunham "de fortes medidas de segurança e autoproteção, nomeadamente de meios avançados de transmissão de informação, tanto a nível individual como o utilizado nas comunicações navais".

A investigação teve início em maio do ano passado, depois da organização ter sido detetada a tentar recolher um carregamento de seis mil quilos de cocaína de um narco-submarino proveniente da América do Sul, "que entretanto naufragou frustrando os objetivos criminosos da organização".

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