O Ministério dos Negócios Estrangeiros alertou, esta sexta-feira, que "devem continuar a evitar-se todas as viagens não essenciais a Israel e países da região" devido ao estado de guerra e "ameaças recentes".
"Considerando o estado de guerra desde 7 de outubro e as ameaças recentes a Israel, e tendo em conta os riscos de evolução do conflito, devem continuar a evitar-se todas as viagens não essenciais a Israel e países da região", lê-se num comunicado enviado às redações.
Assim, alerta o ministério tutelado por Paulo Rangel, "os cidadãos nacionais que se encontrem no país devem respeitar os alertas emitidos pelas autoridades israelitas e seguir todas as instruções de segurança que aquelas emitam".
Segundo a nota, em causa está o risco "de ataques terroristas, principalmente a instalações do governo, militares e de segurança, transportes públicos e locais com multidões, com armas de fogo, armas brancas ou veículos, pelo que se aconselham as maiores precauções em todas as deslocações".
O alerta surge numa altura em que os Estados Unidos avisaram que o Irão poderá atacar Israel nos próximos dias em retaliação a um ataque ao consulado iraniano em Damasco, no passado dia 1 de abril.
O ataque matou 16 pessoas, incluindo sete membros da Força Quds da Guarda Revolucionária, o exército ideológico de Teerão através do qual o regime exerce influência regional. Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, e o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi.
O Irão e a Síria atribuíram o ataque a Israel, que não confirmou o envolvimento, mas continua a ser considerado responsável, incluindo pelos próprios aliados.
A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita em Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023.
O Irão apoia o Hamas, que domina a Faixa de Gaza desde 2007, e é qualificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
O ataque sem precedentes de 7 de outubro contra Israel causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva israelita provocou mais de 33.600 mortos e a destruição de numerosas infraestruturas em Gaza, segundo as autoridades de saúde do enclave palestiniano.
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