"Sejamos claros e diretos, se houver necessidade de haver um orçamento retificativo, será o parlamento naturalmente quem tem competência constitucional para o apreciar. Mas se não houver necessidade, não haverá um orçamento retificativo", afirmou.
O primeiro-ministro falava na Assembleia da República, durante o debate do programa do XXIV Governo Constitucional, e respondia a um pedido de esclarecimento do líder do Chega, André Ventura.
Luís Montenegro defendeu que "não é preciso é estarem tão perturbados com isso, porque mais importante do que haver orçamento retificativo ou não, é haver decisões para resolver os problemas das pessoas".
Na sua intervenção, o presidente do Chega defendeu que o Governo "tem condições" para apresentar um orçamento retificativo "quando quiser".
"Tem as condições políticas, económicas e financeiras para o fazer. Não o quer fazer porque quer chantagear as maiorias deste parlamento para poder dizer depois `não me deixaram trabalhar, não me deixaram fazer aquilo que quisemos fazer´", criticou.
André Ventura defendeu que existem "problemas urgentes para resolver", nomeadamente em áreas como a habitação, educação, saúde, justiça ou forças de segurança e defendeu que o Governo devia dizer "aos professores, aos polícias, aos oficiais de justiça, aos auxiliares quanto, quando e como".
Na resposta, o primeiro-ministro afirmou também que é prioritário para o Governo iniciar processos negociais com os professores e com as forças de segurança.
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