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Gémeas? MP considerou documentação da Presidência "segredo de justiça"

Marcelo falou à saída do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, depois de dar posse aos 41 secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, chefiado por Luís Montenegro.

Gémeas? MP considerou documentação da Presidência "segredo de justiça"
Notícias ao Minuto

18:40 - 05/04/24 por Carmen Guilherme com Lusa

País Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quarta-feira que "não houve nenhuma objeção" aos nomes apresentados por Luís Montenegro para integrar o Governo, quer de ministros, quer de secretários de Estado. Além disso, explicou ainda que "o Ministério Público considerou que era segredo de justiça" a documentação da Presidência da República sobre o caso das gémeas luso-brasileiras a quem foi administrado em Portugal o medicamento Zolgensma.

Relativamente ao atraso quanto à divulgação da lista com os nomes dos secretários de Estado, na noite de quinta-feira, Marcelo confirmou que faltavam "quatro ou cinco nomes" dos convidados a governantes, o que levou a que o processo fosse mais demorado. 

Recorde-se que o Presidente recebeu o primeiro-ministro no Palácio de Belém pelas 18h00, numa audiência que terminou cerca das 19h30, mas a lista só foi divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet perto das 22h30.

"Sabem que não é fácil compor um Governo em sigilo e com uma diversidade de secretários de Estado", considerou. "Portanto, houve que esperar que respondessem, e isso demorou não meia hora, não uma hora mas três horas", disse.

Segundo o chefe de Estado "não houve nenhuma objeção" aos nomes apresentados por Luís Montenegro.

Marcelo foi ainda questionado sobre o facto de três dos novos secretários de Estado terem sido consultores da Presidência da República, mas limitou-se a responder que "quem escolhe os membros do Governo é o primeiro-ministro".

"Ele [Luís Montenegro] apresentou-me a lista dos ministros e eu aceitei imediatamente. E apresentou-me a dos secretários de Estado, aceitei imediatamente, mas faltavam uns e, portanto, tive de esperar que o senhor primeiro-ministro apresentasse essa lista completa, o que apresentou mais tarde", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, depois de dar posse aos 41 secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional, chefiado por Luís Montenegro.

Caso Gémeas? 

Sobre o caso das gémeas a quem foi administrado em Portugal o medicamento Zolgensma e o atraso no envio de documentos por parte da Presidência à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) , Marcelo explicou que em causa estava o facto de o Ministério Público (MP) considerar que a documentação "era segredo de justiça". 

Em causa, recorde-se, está a notícia de que o relatório da IGAS sobre o caso refere que a Presidência da República não enviou, num primeiro momento, documentação solicitada por esta entidade.

O Presidente da República referiu que "a Presidência da República enviou para o Ministério Público em dezembro toda a documentação" e que "o Ministério Público considerou que era segredo de justiça" e, por essa razão, não foi enviada à TVI nem à IGAS, que a solicitaram.

"O Ministério Público entendia que era segredo de justiça", reforçou.

Posteriormente "foi entendido pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) que não havia" e a documentação foi enviada em janeiro, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre o facto de o presidente do Chega, André Ventura, ter anunciado que vai pedir uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso, o Presidente recusou comentar, invocando o facto de ter convocado eleições.

"Não posso comentar posições partidárias, é que eu convoquei, há dois dias, eleições europeias, portanto, estamos em período pré-eleitoral", justificou.

Confrontado com a conclusão do relatório do IGAS sobre o seu filho, que terá invocado o nome do Presidente para pressionar os serviços de Belém e do Ministério da Saúde, Marcelo remeteu respostas sobre este tema para Nuno Rebelo de Sousa. 

"Terão de perguntar ao próprio, tem 51 anos é maior e vacinado, vive noutro Estado", disse, referindo ainda que não falou com o filho sobre este assunto. "Entendi que não devia falar. Está em investigação", rematou.

[Notícia atualizada às 19h42]

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