Mais de 15 organizações, entre as quais a CGTP, o Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente, sindicatos e outros organismos, convocaram uma manifestação, com o lema "Fim ao genocídio! Pela Paz no Médio Oriente! Palestina Independente! !", para sábado a partir das 15h00, junto à Embaixada de Israel, seguida de marcha até à Assembleia da República.

"O horror israelense contra o povo palestino continua", com "bombardeamentos que arrasam tudo, ataques aos hospitais, às ambulâncias, às escolas, aos centros de refugiados" e um balanço de mais de 100.000 mortos e feridos, na maioria crianças e mulheres, referir os promotores do protesto, num comunicado.

Um cessar-fogo “imediato e permanente”, o fim dos ataques israelenses e o bloqueio à “urgente ajuda humanitária à população palestiniana” são reclamados pelas organizações que promovem o protesto, e que desativam também “o respeito pelo direito internacional e o cumprimento das resoluções da ONU que há décadas determinou a criação de um Estado da Palestina soberano, independente e viável, com capital em Jerusalém Leste e o direito de regresso dos refugiados palestinos".

Na mesma nota informativa, as organizações denunciam ainda a “cumplicidade e a conivência dos governos dos Estados Unidos e da União Europeia com a política genocida de Israel contra o povo palestino”.

Portugal, sublinham, “tem a obrigação constitucional de denunciar, condenar e tomar as iniciativas no plano internacional que visem pôr fim imediatamente a este massacre”.

No domingo, quando passaram exatamente seis meses sobre o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, e que desencadeou o atual conflito, a Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP) convocou uma manifestação "Abril pela Palestina", evocando os 50 anos da Revolução dos Cravos.

“No ano em que Portugal celebra 50 anos de Liberdade e do fim do fascismo, na Palestina a ocupação colonial e a limpeza minorias continuam, sob o olhar passivo da comunidade internacional”, afirma ao PUSP, que organiza uma manifestação às 15:00 na Praça do Município.

A organização denuncia que “o Estado de Israel continua a atuar com arrogância e impunidade”, quer na Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 33 mil pessoas, quer na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde “intensificou os ataques” desde 07 de outubro de 2023.

"Aqui em Portugal, nos 50 anos do 25 de Abril, quando celebramos meio século de vida em liberdade, não podemos não estar em total solidariedade com a Palestina e a sua luta de libertação. Porque nós, no país de Abril, sabemos bem que ninguém será livre até todos os sermos livres", sublinha a mesma organização.

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