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Serviço militar obrigatório? Há "pouca gente" para assumir defesa do país

Gouveia e Melo recorda que "pouca gente tem capacidade para, em caso de emergência, poder reagir rapidamente e mobilizar-se rapidamente para a defesa do país".

Serviço militar obrigatório? Há "pouca gente" para assumir defesa do país
Notícias ao Minuto

11:04 - 20/03/24 por Notícias ao Minuto

País Gouveia e Melo

O regresso do serviço militar obrigatório tem estado em cima da mesa nos últimos dias. São vários os países que têm abordado o tema - como é o caso da Alemanha, ou até da Dinamarca que alarga o serviço obrigatório às mulheres -  e Portugal parece estar também atento a essa possibilidade.

Pelo menos assim o fez crer o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, que em entrevista à Radio Renascença, recorda que "hoje não há grandes distâncias e podemos ser rapidamente envolvidos num conflito europeu".

Gouveia e Melo começa por afirmar que "há três estratégias possíveis: a da cooperação, a da dissuasão e a da confrontação", recordando, contudo, que "nós, Europa Ocidental, já não conseguimos fazer a estratégia da cooperação com a Federação Russa governada por Putin".

Posto isto, lembra que a Rússia tem "forças muito profissionalizadas e de elevado custo", ao contrário da Europa onde "pouca gente tem capacidade para, em caso de emergência, poder reagir rapidamente e mobilizar-se rapidamente para a defesa do país".

Assim, defende o principal rosto da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, "sem um sistema de treino, regular e periódico, tipo um serviço militar obrigatório ou uma outra variante, a componente humana que está disponível para combater é muito reduzida".

"Se o opositor perceber que nós temos uma grande fragilidade humana, que não conseguimos recrutar, que não conseguimos gerar forças a tempo de uma determinada ação, pode ser levado a pensar que poderá ter sucesso se avançar para a confrontação direta e isso só por si é muito perigoso", sublinha, referindo que o objetivo será sempre "dissuadir um opositor de entrar em conflito connosco" e evitar a fase de confrontação.

"O recrutamento, o serviço militar obrigatório, não nos moldes anteriores, mas nos moldes mais modernos e inteligentes, pode servir também enquanto ferramenta importante de dissuasão relativamente aos perigos que nós agora todos enfrentamos na Europa", conclui.

Leia Também: Serviço militar obrigatório na Alemanha? Ameaça russa reaviva discussão

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