Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 11º MÁX 17º

Rússia? "Se fosse democracia plena", não sustentaria guerra com Ucrânia

João Gomes Cravinho comentou, esta segunda-feira, o resultados das eleições russas, assim como a necessidade de apoio à Ucrânia.

Rússia? "Se fosse democracia plena", não sustentaria guerra com Ucrânia
Notícias ao Minuto

14:59 - 18/03/24 por Anabela Sousa Dantas com Lusa

País MNE

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, alinhou, esta segunda-feira, com a declaração feita pela União Europeia condenando a realização das eleições presidenciais russas em territórios ucranianos ocupados, assim como a falta de observadores internacionais para acompanhar o sufrágio.

O governante português aclarou que se trata de uma "declaração a 27" e que, portanto, inclui Portugal. 

O ministro considerou hoje que o aconteceu "não tem dignidade" para ser chamado de eleições e rejeitou que o presidente, Vladimir Putin, saia reforçado.

"Nós não devemos dignificar este acontecimento com o nome de 'eleições'. Eleições aconteceram em Portugal no dia 10 de março, acontecem nos países democráticos, aquilo que aconteceu na Rússia não tem a dignidade para merecer esse nome", disse João Gomes Cravinho no final de uma reunião em Bruxelas, a última enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros português.

O governante criticou "o paradoxo das ditaduras", que têm "necessidade de procurar legitimarem-se internacionalmente e internamente através de exercícios de farsa" que "não têm nenhum tipo de credibilidade".

"Se [Vladimir] Putin tivesse demonstrado que era capaz de se bater de igual para igual [...], talvez merecesse essa ideia de sair mais forte, mas um ditador que precisa de eliminar os seus rivais para ganhar eleições não creio que se possa considerar que sai mais forte", completou.

"Se fosse uma democracia plena, duvido que tivesse esse instinto de sustentar a guerra", acrescentou.

No que diz respeito à Ucrânia, Cravinho deixou claro que é necessário "apoiar e reforçar apoio militar concreto", detalhando a decisão de apoiar com 100 milhões de euros, para munições de artilharia de grande calibre, um programa de aquisição conjunta liderado pela Chéquia e ao qual se associam vários países europeus.

[Notícia atualizada às 16h15]

Leia Também: Comissão eleitoral. Putin obtém 5.º mandato com número recorde de votos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório