"Foi aberto processo de averiguações a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção" para "apurar as circunstâncias em que teve lugar a ocorrência", refere a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais à Lusa, na sequência da fuga de uma reclusa.
A reclusa terá aproveitado uma ida ao pátio para fugir, utilizando uma cadeira para saltar a vedação e sair para um local do complexo onde estão bens apreendidos pelas autoridades.
Nessa altura, estaria apenas um guarda prisional a vigiar mais de uma centena de reclusas.
No início do mês, os sindicatos que representam os quadros prisionais alertaram que Portugal terá, até final deste ano, menos 36% dos guardas previstos no quadro de pessoal, subdimensionado para o número atual de reclusos.
Em conferência de imprensa conjunta dos sindicatos que representam as chefias e guardas prisionais, as estruturas sindicais alertaram para a insuficiência de quadros, pediram um subsídio de missão semelhante ao atribuído à Polícia Judiciária e alertam para o risco de "uma tragédia" nas prisões portuguesas.
Segundo o SNCGP, o quadro de pessoal, pensado para uma população de 10 mil reclusos, menos três mil do que a que existe, é de 4.977 elementos e só existem 3.885 guardas no ativo, um número que irá ser reduzido em menos sete centenas por motivos de reformas previstas até ao final do ano.
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