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Montenegro agradece a Passos Coelho: "Obrigado pelo trabalho patriótico"

O líder social-democrata discursou depois do antigo líder do Partido Social Democrata Pedro Passos Coelho, que interveio esta segunda-feira em Faro.

Montenegro agradece a Passos Coelho: "Obrigado pelo trabalho patriótico"
Notícias ao Minuto

20:00 - 26/02/24 por Teresa Banha com Lusa

Política Luís Montenegro

O líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, discursou, esta segunda-feira no arranque da campanha eleitoral, em Faro e não deixou de agradecer a Pedro Passos Coelho, que discursou antes de si.

"Caro Pedro, com todo o respeito: não tens de retribuir nada. Nós é que temos a obrigação de te dizer sempre: muito obrigado por tudo aquilo que fizeste por nós, pelo país, pelas pessoas, pelo trabalho patriótico que fizeste à frente do governo em condições onde talvez nenhum outro tivesse conseguido alcançar os resultados que nós alcançámos com o princípio que aqui enunciaste para os próximos anos", referiu, enquanto era aplaudido.

"O princípio é: dar às pessoas os instrumentos para elas transformarem as suas vidas e transformando as suas vidas possam transformar a vida do país. Foi isso que fizemos de 2011 a 2015. E foi com o esforço dos portugueses - de todos os portugueses que nós, no tempo certo, sem atrasos, mandámos a troika que os outros trouxeram para casa, libertámos o país, demos autonomia de decisão dos portugueses para escolherem os eu futuro", apontou.

O agradecimento surgiu depois de  antigo líder do Partido Social Democrata Pedro Passos Coelho discursar, apontando que Montenegro "sempre o apoiou" enquanto esteve à frente dos sociais-democratas. "Retribuir todo o apoio que sempre senti quando estive na posição dele, como primeiro-ministro e presidente do PSD", afirmou, acrescentando que Montenegro já estava a "muito pouco tempo de ter a primeira das qualidades, já que tem a segunda".

Ainda antecipando a campanha que se inicia agora, Montenegro 'brincou' ainda com as temperaturas, que são de mudança - aqui como aquilo que pede para o país. "Escolhemos um dia mais frio para notar o calor que está dentro de nós, o calor que nos vai levar a todos os territórios do país nos próximos dias, para no dia 10 conseguirmos, também aí, mobilizar os portugueses a votarem e a transformarem o seu poder em mudança e esperança", observo.

Num comício ao ar livre numa noite fria, Montenegro quis vincar a diferença entre os projetos da AD e do PS, dizendo "ser difícil compreender" as críticas de aventureirismo que lhe têm sido dirigidas pelo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos.

"Que legitimidade tem alguém que até há poucos anos achava que nem as dívidas devíamos pagar aos nossos credores, que esteve no Governo estes oito anos e falhou nos transportes, infraestruturas e habitação", questionou.

O líder da AD considerou que, nesta campanha, os eleitores podem escolher entre "um modelo medíocre" de crescimento económico, que disse ser o do PS, e o do PSD/CDS-PP/PPM, assente em "políticas públicas, audazes, mas realizáveis", que tem como "uma das traves mestras" a redução da fiscalidade com o objetivo de criar mais investimento.

"Sinceramente, se o PS - para além dos jogos 'se é assim, se é assado' - o que tem a dizer ao país é que nós somos aventureiros ou somos malévolos e queremos o sofrimento das pessoas (...) é muito poucochinho", criticou.

Montenegro deixou ainda uma palavra ao cabeça de lista da AD em Faro, o seu vice-presidente Miguel Pinto Luz, cuja escolha mereceu inicialmente alguma contestação local por não ser do distrito.

"O sinal que quis dar aos algarvios foi de verem nessa opção a valorização que eu próprio, líder da AD, queria dar: pedindo a um dos 'vices' que aqui estivesse em minha representação para dizer que daqui para a frente vamos dar peso político ao Algarve", disse, acusando o PS de ter deixado a região "ao abandono e esquecimento".

Aos algarvios, repetiu que, se vencer, irá reverter as medidas do atual Governo para limitar o Alojamento Local, deixando às autarquias a resolução de conflitos que possam existir nesta área com as políticas de habitação.

"Quem trabalha, não pode ganhar menos do que quem não trabalha, vale a pena trabalhar melhor, que o mérito será premiado", afirmou, num compromisso que é sempre muito aplaudido pelos apoiantes nos vários concelhos por onde já passou.

[Notícia atualizada às 22h06]

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