Navalny? "Múltiplas referências no G20, mas Lavrov escolheu não comentar"
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje, no Rio de Janeiro, que o seu homólogo russo foi questionado múltiplas vezes pelos chefes diplomáticos do G20 sobre a morte de Alexei Navalny e confrontado com as contradições russas.
![Navalny? "Múltiplas referências no G20, mas Lavrov escolheu não comentar"](https://media-manager.noticiasaominuto.com/960/naom_65d78d43d8e64.jpg?crop_params=eyJsYW5kc2NhcGUiOnsiY3JvcFdpZHRoIjoyNTEzLCJjcm9wSGVpZ2h0IjoxNDEzLCJjcm9wWCI6MCwiY3JvcFkiOjE1M30sInBvcnRyYWl0Ijp7ImNyb3BXaWR0aCI6OTYxLCJjcm9wSGVpZ2h0IjoxNzA4LCJjcm9wWCI6MTExOCwiY3JvcFkiOjB9fQ==)
© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images
![Notícias ao Minuto](https://cdn.noticiasaominuto.com/img/equipa/pessoa/lusa.png)
País Guerra na Ucrânia
"Múltiplas referências à morte de Alexei Navalny, o ministro russo escolheu não comentar", afirmou João Gomes Cravinho, à margem do segundo e último dia de reuniões do G20, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.
Alexei Navalny, um dos principais opositores do Presidente russo, Vladimir Putin, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Durante as reuniões, disse João Gomes Cravinho, focadas nas guerras da Ucrânia e Gaza, mas também na necessidade de reformas nas instituições internacionais, houve "oportunidade para dizer olhos nos olhos ao ministro russo para dizer aquilo que é a realidade".
"Quando ouvimos o ministro russo sobre a importância da ordem internacional é importante também lembrarmos que o principal responsável pelo desrespeito e a violência feita à Carta das Nações Unidas é a Rússia", frisou Cravinho, no balanço da presença portuguesa no Rio de Janeiro, a convite da presidência brasileira.
João Gomes Cravinho criticou ainda o facto de a Rússia referir-se à "importância de dar apoio aos países em desenvolvimento", sendo que são precisamente os países ocidentais quem mais apoio dá.
"Quem cria dificuldades é a Rússia ao lançar a sua guerra contra a Ucrânia, que é um dos grandes fornecedores de cereais", afirmou, acrescentando que ao longo dos dois dias de reuniões "o ministro russo foi confrontado com todas essas contradições".
Lavrov foi dos primeiros líderes a abandonar a reunião, tendo apenas falado à imprensa russa. Segue agora para Brasília, para, às 18:00 (21:00 em Lisboa), se encontrar com o Presidente brasileiro, Lula da Silva, no Palácio do Planalto, o mesmo local onde este recebeu, na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
O Rio de Janeiro acolhe desde quarta-feira os máximos responsáveis diplomáticos das 20 maiores economias do mundo, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, responsáveis da União Africana, autoridades dos países convidados da presidência brasileira, como o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, e representantes de 12 organizações internacionais.
Leia Também: Rússia respondeu com silêncio no G20 a questões sobre morte de Navalny
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com