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Raimundo admite diferenças PS/Direita, mas o problema são "semelhanças"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, reconheceu hoje que há diferenças entre o PS e os partidos de direita, mas também semelhanças que os levam a juntar-se na defesa dos interesses dos grandes grupos económicos.

Raimundo admite diferenças PS/Direita, mas o problema são "semelhanças"
Notícias ao Minuto

20:06 - 18/02/24 por Lusa

Política Paulo Raimundo

"Nós sabemos que o Partido Socialista não é igual ao PSD, que o PSD não é o mesmo que o CDS, que o CDS não é a mesma coisa que o Chega e que a Iniciativa Liberal, mas o problema de fundo com que nós nos confrontamos não está nas diferenças entre eles, mas nas semelhanças. Este é que é o grande problema que nós enfrentamos", disse.

Num comício da CDU com lotação esgotada, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, Paulo Raimundo adiantou que, sempre que é preciso optar entre os interesses dos grupos económicos ou a vida dos portugueses, "lá se vão as diferenças que têm, lá se chegam as semelhanças, lá se alinham todos".

O dirigente comunista lembrou que o PS e os partidos de direita "não faltaram à chamada para salvar o Novo Banco, para recusar a contagem do tempo de serviço dos professores, para travar avanços necessários nas leis laborais, para manter a injustiça fiscal ou para recusar a redução do IRC para as micro, pequenas e médias empresas".

Para Paulo Raimundo, a única alternativa, nas eleições legislativas de 10 de março, para uma política de esquerda é o "voto na CDU".

"A alternativa da qual nós somos portadores é aquela que trava a especulação e trava o aumento das rendas, que põe os milhares de euros de lucros da banca a suportar os aumentos das taxas de juro. É a alternativa que investe na habitação pública", disse o secretário-geral do PCP, salientando que os partidos que manifestam preocupação com os custos destas medidas nunca tiveram a mesma preocupação com os encargos que foram necessários para salvar a banca.

"Quanto custa, é sempre a pergunta de quem nada quer mudar. Mas, curiosamente, é uma pergunta que não foi feita quando dos bolsos de cada um de nós saíram os 20 mil milhões de euros para tapar os buracos que a banca abriu durante estes últimos anos (...), uma pergunta que nunca fazem face aos 13,8 mil milhões de euros que saem do país em lucros e dividendos para o estrangeiro, fruto das privatizações, da livre circulação de capitais, da dependência externa do país", acrescentou.

Segundo Paulo Raimundo, é difícil que haja dinheiro para responder às necessidades do país e do povo e ao aumento dos salários que é devido aos trabalhadores face às prioridades dos últimos governos.

"Nós dizemos de forma muito clara: enquanto se garantirem as rendas das parcerias público privadas rodoviárias, que levam 1.000 milhões de euros por ano dos bolsos de cada um de nós, enquanto se entregarem 1.600 milhões de euros em benefícios fiscais aos grupos económicos, enquanto assim for, então é difícil que haja dinheiro para responder às necessidades do país, às necessidades do povo e ao aumento dos salários que é devido aos trabalhadores", disse.

Leia Também: Do "combate à Direita" ao "problema sério" no SNS. O debate entre PS/CDU

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