O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, disse que já informou o Kremlin de que as forças russas estavam agora a tentar eliminar os últimos focos de resistência numa fábrica de produtos químicos de Avdiivka, garantindo o controlo total da cidade.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o chefe militar da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, admitiu a retirada das tropas da cidade no leste da Ucrânia, onde os defensores lutaram contra o ataque russo durante quatro meses.
Num breve comunicado divulgado na rede social Facebook, Syrskyi, disse que tomou a decisão de evitar o cerco para "preservar a vida e a saúde dos militares", acrescentando que as suas forças se estavam a deslocar para "linhas mais favoráveis".
"Os nossos soldados cumpriram o seu dever militar com dignidade, fizeram todo o possível para destruir as melhores unidades militares russas, infligiram perdas significativas ao inimigo em termos de mão de obra e equipamento", disse o comandante ucraniano.
A retirada ocorreu um dia depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter feito, na sexta-feira, mais uma viagem à Europa Ocidental, na esperança de pressionar os aliados ocidentais a continuarem a fornecer apoio militar.
Nos últimos dias, surgiram relatos de que as tropas ucranianas em Avdiika enfrentavam uma situação de deterioração.
Rodion Kudriashov, vice-comandante da 3ª Brigada de Assalto, disse na sexta-feira que as tropas ucranianas ainda resistiam ao ataque de cerca de 15.000 soldados russos, mas esperava que a situação "em breve se tornasse crítica".
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