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César Boaventura condenado a 3 anos e 4 meses de prisão por corrupção

Empresário foi condenado a pena suspensa.

César Boaventura condenado a 3 anos e 4 meses de prisão por corrupção
Notícias ao Minuto

16:12 - 14/02/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Justiça

O empresário César Boaventura foi condenado esta quarta-feira a uma pena suspensa de 3 anos e 4 meses de prisão, avança a CNN. 

Boaventura foi ainda absolvido do crime de corrupção na forma tentada, não se tendo provado que tentou também corromper o guarda-redes do Marítimo, Romain Salin.

O empresário foi ainda condenado ao pagamento de 30 mil euros a favor de uma instituição de solidariedade social ou de promoção do desporto, e impedido de ter atividade profissional como agente de jogadores, de forma direta ou indireta, durante dois anos.

O tribunal deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio Marcelo e Lionn, mas ilibou César Boaventura do crime de corrupção em forma tentada ao antigo jogador do Marítimo Romain Salin.

O juiz considerou credíveis os testemunhos dos jogadores, e as outras provas recolhidas, concluindo que foram cometidos três crimes de corrupção ativa no desporto, punindo cada um desses ilícitos com uma pena de um ano e oito meses de prisão, num cúmulo jurídico de três anos e quatro meses, embora suspendendo a execução da pena.

O tribunal considerou que o arguido tinha conhecimento que as propostas e condutas para alterar e falsear o resultado de um jogo eram proibidas e punidas por lei, mas decidiu suspender a pena, entendendo que apesar da gravidade das condutas em causa, não é conhecido ao arguido qualquer condenação prévia pela prática de crimes relacionados com o desporto, ou de teor grave ou violento, e também pelo facto do arguido trabalhar.

Quanto a um quarto crime de que César Boaventura estava acusado, de corrupção de forma tentada, na abordagem ao guarda-redes do Marítimo Roman Salin, o tribunal ilibou o empresário, apontando que o mesmo apenas comunicou ao guardião que tinha uma proposta de transferência para um clube estrangeiro, mas que não houve tentativa de aliciamento, pois o jogador recusou continuar a conversa.

Apesar de o Benfica não estar implicado neste processo, por não se ter provado que César Boaventura tenha agido em comunhão com os responsáveis do clube lisboeta, na leitura do acórdão juiz mencionou que ficou provado que o empresário tinha uma relação de proximidade e confiança com ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, reconhecendo que ambos falavam com frequência de assuntos profissionais e relacionados com o futebol.

César Boaventura não marcou presença na leitura do acórdão, esta tarde, no tribunal de Matosinhos, devido a doença, mas no final da sessão o seu advogado confirmou que irá recorrer da sentença para uma instância superior.

Boaventura estava acusado, recorde-se, de quatro crimes de corrupção por, alegadamente, tentar aliciar jogadores do Rio Ave e Marítimo a facilitarem nos jogos contra o Benfica a troco de dinheiro, na época 2015/16.

Em tribunal, o arguido negou os encontros mencionados pelas testemunhas, recusou que tenha tentado corromper qualquer deles, entendendo que as motivações inerentes às acusações são questões de "caráter".

Insinuou ainda que, em "muitos casos", os futebolistas ganham mais dinheiro em apostas desportivas do que nos próprios clubes, sem revelar uma causa direta entre esse facto e as motivações de quem o denunciou.

[Notícia atualizada às 19h24]

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