O empresário madeirense Avelino Farinha vai continuar a ser ouvido na segunda-feira, a partir das 9h30, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, avançou a sua defesa neste sábado.
Os interrogatórios, recorde-se, acontecem no âmbito das investigações sobre corrupção na Madeira que envolvem também o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado.
O interrogatório a Farinha foi interrompido às 17h30 e segundo avançou o seu advogado, Raúl Soares da Veiga, aos jornalistas, o empresário do grupo AFA sente-se "revigorado".
"Agora que está a responder está cheio de energia e muito empenhado em responder a todos os detalhes", assegurou.
Sobre a possibilidade de ser aplicada uma medida de coação que não seja privativa de liberdade, a defesa de Farinha reforçou que "essa será a boa decisão", tal como já tinha dito há algumas horas.
"Tenho a expectativa, o desejo, de que o Ministério Público também veja que essa é a boa decisão e que seja essa a promoção", disse.
Antes do início da inquirição de Avelino Farinha foi concluído o interrogatório do empresário Custódio Correia, o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, que tinha começado a ser ouvido pelo juiz de Instrução Criminal na quarta-feira à tarde.
O último dos três arguidos a ser interrogado será o ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado (PSD).
Só no final de todos os interrogatórios serão conhecidas as medidas de coação.
Em 24 de janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e anunciou a renúncia ao cargo dois dias depois.
Na sequência das buscas, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que também renunciou ao cargo, o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.
Leia Também: Advogado de Avelino Farinha insiste que empresário deve ficar em liberdade