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Ucrânia? Caminho para paz "vai ser extremamente longo e vai demorar anos"

O historiador José Milhazes considerou que ou acontece alguma coisa do outro mundo" ou a guerra na Ucrânia "está para durar".

Ucrânia? Caminho para paz "vai ser extremamente longo e vai demorar anos"
Notícias ao Minuto

23:34 - 18/01/24 por Notícias ao Minuto

País José Milhazes

O historiador José Milhazes considerou, esta quinta-feira, que "ou acontece alguma coisa do outro mundo" ou a guerra na Ucrânia "está para durar", uma vez que o caminho para a paz "vai ser extremamente longo e vai demorar anos".

"O problema resolve-se de duas maneiras: ou o Ocidente abandona a Ucrânia e a Ucrânia sucumbe ao poderio russo - mas vai continuar a existir ao longo de muitos anos guerrilhas e bombas - ou então dão-se mudanças profundas na elite russa, e aí podem a começar algum movimento no sentido de encontrar um caminho para a paz", referiu José Milhazes no seu habitual espaço de comentário na SIC Notícias.

Milhazes considerou, no entanto, que o caminho para a paz "vai ser extremamente longo e vai demorar anos". "Nunca sabemos o que é que poderá acontecer nesse caminho. Mesmo que se congele o conflito, isso não significa que não vai haver problemas", disse, acrescentando que "qualquer problema na fronteira" entre os dois países, que tem mais de dois mil quilómetros, "pode conduzir ao fim de um cessar-fogo".

"Ou acontece alguma coisa do outro mundo, diria eu, ou então este conflito parece que está para durar", atirou.

Sublinhe-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Leia Também: Pelo menos 2.500 cientistas saíram da Rússia desde o início da guerra

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