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Consumidores da Lusa confiam mais em notícias que portugueses em geral

Os utilizadores do 'site' da Lusa tendem a confiar mais em notícias que os portugueses em geral, população já de si com uma elevada taxa de confiança na informação, segundo o relatório Media e Inovação, do Observatório da Comunicação.

Consumidores da Lusa confiam mais em notícias que portugueses em geral
Notícias ao Minuto

13:57 - 17/01/24 por Lusa

País Relatório

O relatório hoje divulgado, que analisa especificamente a Lusa, um órgão de comunicação que produz notícias para outros meios e não diretamente para os consumidores, utiliza os dados do projeto Reuters Digital News Report 2023, que inquiriu mais de 90 mil utilizadores de internet em 46 países e que foi também aplicado a uma amostra representativa da população portuguesa.

Os resultados e informação estatística permitem identificar tendências sobre o consumo de notícias e relação dos públicos com o ecossistema digital e noticioso.

Nele se conclui que 4,5% dos portugueses utilizam diretamente o 'site' da Lusa para aceder a notícias no meio 'online', e que, "apesar de os consumidores terem um acesso parcialmente restrito ao conteúdo da Lusa, cada vez mais recorrem ao seu 'site' para se informar". Este universo "não é representativo da totalidade dos consumidores" que recorrem a conteúdos da Lusa publicados por outros meios de comunicação.

Na estratificação dos consumidores da Lusa, o relatório aponta que são em maior proporção do sexo masculino e mais de metade tem idade superior a 55 anos, com predomínio da faixa dos 55-64 anos.

Eles exibem, por outro lado, um nível de escolaridade tendencialmente alto e posicionam-se em maior grau ao centro do espetro político.

Estes consumidores procuram notícias ao longo do dia e uma parte substantiva deles estão "sempre ligados": cerca de 8 em cada 10 consumidores da Lusa afirmam ter interesse por notícias, "o que representa uma percentagem bastante superior à da população em geral (52,1%).

"Os consumidores Lusa tendem a confiar mais em notícias do que os portugueses em geral, sendo de destaque que quase 70% dos consumidores confiam em notícias", lê-se no documento.

Tal como os portugueses em geral, os consumidores da Lusa recorrem sobretudo aos canais televisivos de notícias para se informar, fazendo-o diariamente, mas, contrariamente aos restantes, recorrem substancialmente menos a redes sociais e mais a 'sites' e aplicações de marcas de jornais.

No digital, os consumidores Lusa tendem a utilizar mais o acesso indireto a notícias 'online', sobretudo através de motores de busca, e ouvem mais vezes 'podcasts' que os portugueses em geral: em geral, 7 em cada 10 utilizadores da Lusa (71,4%) ouviram um 'podcast' no mês anterior.

A grande maioria (97%) partilha ou comenta notícias que lê na Lusa, percentagem que na população em geral se fica pelos 81,3%.

Os utilizadores do site da Lusa afirmam ter sido bastante ou algo afetados pela crise inflacionista, impacto que o relatório salienta tender a refletir-se no menor pagamento por conteúdos noticiosos, e identificam, com maior frequência que os inquiridos em geral, críticas a jornalistas ou meios de comunicação na esfera pública.

O relatório conclui ainda que os consumidores Lusa tendem a atribuir mais importância ao Serviço Público de Media (SPM) do que os portugueses em geral, embora não tanto quanto os consumidores da RTP, que valorizam o serviço público em maior proporção.

O relatório Media e Inovação 2024 -- Agência Lusa, realizado pelo OberCom, Observatório da Comunicação, em dezembro de 2023, tem coordenação científica dos investigadores Gustavo Cardoso e Vania Baldi.

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