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Movimento de Rui Moreira quer poder local em empresas de comunicação

O movimento independente 'Rui Moreira: Aqui Há Porto' quer que a câmara recomende ao Governo que seja alargada às instituições de poder local a possibilidade de participarem em empresas de comunicação social.

Movimento de Rui Moreira quer poder local em empresas de comunicação

© Global Imagens

Lusa
13/01/2024 13:53 ‧ há 1 ano por Lusa

País

Porto

Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso e que será discutida segunda-feira na reunião privada do executivo, o movimento independente recomenda ao Governo "que seja estendida às instituições de poder local a possibilidade legal de participar em empresas de comunicação social, à semelhança da possibilidade existente no Estado central".

O movimento assume estar preocupado com o despedimento de mais de 150 profissionais e jornalistas do Global Media Group (GMG), em particular dos que trabalham no Porto em títulos como o Jornal de Notícias, a TSF e O Jogo.

Defendendo que a liberdade empresarial "deve ser estimada", o movimento diz, no entanto, que face à missão de serviço público prestada é "hora de as instituições públicas e os decisores políticos nacionais enfrentarem o problema da viabilidade financeira e da autonomia dos órgãos de comunicação social".

Para o movimento, que nas eleições autárquicas de 2021 elegeu Rui Moreira para um terceiro e último mandato à frente da Câmara do Porto, o poder local pode ser "convocado para a resolução deste problema".

"O Estado português detém e participa em grupos de comunicação social que dão repetidas provas de autonomia e independência editorial perante os poderes instituídos", referem os independentes, lembrando que as consequências do processo de despedimento coletivo no GMG "seriam demasiado ruinosas para o jornalismo".

"Motivo pelo qual nos recusamos a assistir impavidamente à destruição de valor de um dos mais antigos jornais portugueses", observa o movimento liderado há cerca de um ano pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, que detém títulos como o JN, O Jogo, Diário de Notícias, TSF, entre outros, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

Na quarta-feira, os trabalhadores do GMG cumpriram um dia de greve contra a intenção de despedimento e os salários em atraso.

Já na sexta-feira, um grupo de investidores e empresários de Portugal mostrou-se interessado em comprar jornais e revistas do Global Media Group, nomeadamente o Jornal de Notícias e O Jogo.

"Somos um grupo de investidores e empresários de várias geografias de Portugal, com especial predominância para o Norte do país, que temos observado com preocupação os recentes acontecimentos que colocam em causa a estabilidade do GMG, a reputação das suas marcas e o emprego dos seus profissionais", lê-se na proposta de intenção de compra dirigida aos acionistas do GMG e a que a Lusa teve acesso.

Leia Também: Conselho de Redação do JN alertou ERC para ingerência editorial da GMG

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