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Vivemos tempos de "muitas crises e não sabemos quais virão a seguir"

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defendeu hoje que vivemos tempos de "várias crises", destacando a importância da Europa estar preparada para o que virá a seguir e a necessidade de atrair mais mulheres para as tecnologias.

Vivemos tempos de "muitas crises e não sabemos quais virão a seguir"
Notícias ao Minuto

17:51 - 11/01/24 por Lusa

País Elvira Fortunato

Elvira Fortunato falava no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, a propósito da apresentação da Estratégia Nacional para os Semicondutores.

"Hoje não vivemos tempos de uma crise, mas de muitas crises e não sabemos quais virão a seguir. A Europa tem que estar preparada para quando aparecem estas crises", afirmou.

A governante disse que o Governo decidiu apostar nesta área, sabendo que Portugal tem "capacidade instalada" em termos de empresas e investigação.

Neste sentido, pretende "reforçar a capacidade" das empresas em trabalhar mais e atrair mais pessoas, sobretudo em atrair mulheres para esta área.

A ministra aproveitou ainda para lembrar que Portugal e Espanha "têm coisas em comum" nesta área, como o laboratório Ibérico de nanotecnologia, financiado, igualmente, pelos dois países.

Paralelamente, ficou decidido fazer um equipamento semelhante, em solo Espanhol, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência daquele país.

Portugal vai entrar, posteriormente, na parte do funcionamento, na mesma proporção que os espanhóis entraram no primeiro laboratório ibérico desta área.

"A maior agenda mobilizadora espanhola é na área dos semicondutores. Daí termos reforçado a nossa parceria. Não nos podemos isolar", vincou.

Na sessão de encerramento, a ministra lembrou que a estratégia nacional para os semicondutores vai além de 2026, ou seja, não pode contar apenas com o PRR nacional, defendendo a necessidade de começar a pensar no pós estes período.

A Estratégia Nacional para os Semicondutores conta com um orçamento de até 121 milhões de euros, com 39 milhões dos quais a serem aplicados já este ano.

Em dezembro de 2023, o Governo aprovou a Estratégia Nacional para os Semicondutores, em que estabelece os "objetivos e eixos estratégicos" para promover o crescimento do setor em Portugal e maximizar a participação portuguesa na lei europeia dos 'chips'.

De acordo com um comunicado do Conselho de Ministros, tal irá potenciar "novas oportunidades de cooperação institucional, industrial e de investigação" e contribuir para "o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e competitivas no mercado internacional".

No dia 21 de setembro do mesmo ano, entrou em vigor na União Europeia (UE) o regulamento europeu para impulsionar o setor dos semicondutores, o qual visa garantir a segurança do aprovisionamento e reforçar o investimento, num apoio de 3,3 mil milhões de euros em fundos comunitários.

Um dos principais âmbitos da nova lei europeia visa a transferência de conhecimentos dos laboratórios para as fábricas, colmatando o fosso entre a investigação e a inovação e as atividades industriais e promovendo a exploração industrial de tecnologias inovadoras pelas empresas europeias.

Semicondutores são a designação corrente para os circuitos integrados que permitem que os dispositivos eletrónicos, sejam telemóveis, micro-ondas ou elevadores, processem, armazenem e transmitam dados, fazendo parte de quase todos os objetos à nossa volta.

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