A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) "instaurou um processo de esclarecimento às circunstâncias em que ocorreu a morte de uma idosa, na noite do passado dia 2 de janeiro, no serviço de urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel", referem em comunicado enviado às redações esta sexta-feira.
O Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS), onde está integrado o hospital em causa, já tinha confirmado ao Notícias ao Minuto que uma idosa com cerca de 80 anos tinha morrido enquanto esperava por ser atendida nas urgências do Hospital de Penafiel, referindo, no entanto, que "as ações tomadas teriam sido as mesmas em circunstâncias diferentes".
O CHTS revelou que a doente "deu entrada no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHTS às 19h16 e foi submetida a triagem" três minutos depois, tendo-lhe sido atribuída uma pulseira laranja. O óbito foi registado "após avaliação clínica" feita pelas 20h06, referiram ainda.
Ainda segundo o hospital, "tratava-se de uma doente em fim de vida e sem critérios clínicos para qualquer manobra invasiva de reanimação".
Por isso, apesar de "o serviço encontrar-se sob enorme pressão" e "tais circunstâncias dificultam muito o funcionamento do serviço, não só pela sobrecarga de trabalho, mas pelas limitações de espaço que condicionam o normal funcionamento", "neste caso em particular, as ações tomadas teriam sido as mesmas em circunstâncias diferentes".
Este esclarecimento surge depois do Porto Canal ter noticiado a morte de uma idosa naquele serviço enquanto aguardava numa maca por observação.
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