Pizarro "precisa de mais tempo" para "reorganizar" as Urgências

Ministro da Saúde admite que médicos não podem fazer mais horas extraordinárias, mas lembra que é agora necessário mais tempo para reorganizar este serviço de saúde.

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Notícias ao Minuto com Lusa
27/11/2023 10:49 ‧ 27/11/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Saúde

Em visita ao Hospital da Prelada, no Porto, o ministro da Saúde admitiu que é "preciso mais tempo" para reorganizar as Urgências do país.

Lembrando que os hospitais estão "numa situação de contingência", Manuel Pizarro admitiu que "os médicos têm direito a não fazer mais do que aquelas horas extraordinárias na urgência" e por isso também o Governo precisa de mais tempo".

"Nós precisamos de mais tempo para promover a reorganização do funcionamento das Urgência para deixar de depender desta circunstância das horas extraordinárias, que de facto são um volume imenso e que, a certa altura torna, o sistema difícil de gerir", disse ainda.

Na mesma senda, afirmou que a dependência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nas horas extraordinárias "é um problema crónico" e defendeu que "temos de criar um modelo que obvie essa circunstância" e de medidas "que vão tomar tempo a ter efeito".

A Direção Executiva do SNS divulgou este domingo um novo plano de reorganização das urgências, que indica que 36 pontos vão funcionar com limitações nalgumas especialidades entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro.

Perante estas medidas, o ministro garantiu que "estas são medidas de contingência para garantir o funcionamento em rede do serviço" e apesar de ter admitido que a situação "causa incómodo", voltou a garantir que "tem sido dada uma resposta completa", pelo menos nas zonas urbanas, sendo que as zonas do interior, "onde as distâncias são maiores", são as que lhe causam maior preocupação. 

Manuel Pizarro não quis deixar de prestar "homenagem aos milhares de profissionais do Serviço Nacional de Saúde que - uns mais contentes, outros mais insatisfeitos -, mas que têm garantido que os serviços funcionam dando segurança aos portugueses".

Na sexta-feira, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considerou que a restruturação da rede de urgências é "absolutamente inevitável" e que o sistema de saúde tem de estar preparado para a ausência de acordo entre Governo e sindicatos.

Confrontado com esta ideia, Manuel Pizarro recusou "fazer uma associação entre as negociações sindicais dos médicos e o exercício individual de cada médico do direito de não fazer mais horas extra".

"Parece-me que essa associação é pouco legítima", referiu, antes de "prestar homenagem aos milhares de profissionais do Serviço Nacional de Saúde que - uns mais contentes, outros mais insatisfeitos - têm garantido que os serviços funcionam dando segurança aos portugueses", disse.

Manuel Pizarro também foi abordado com perguntas sobre as vagas ao concurso de especialidade.

O ministro admitiu que "ano após ano se verifica uma diminuição de adesão" na Medicina Interna, especialidade "nuclear do funcionamento dos hospitais", apontou que a explicação pode estar na criação da especialidade de Medicina Intensiva e disse que este tema "precisa de ser estudado com mais rigor".

[Notícia atualizada às 12h17]

Leia Também: Condicionamentos nas urgências? DGS preocupada com consequências

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