Uma parceira entre a escola de condução Automóvel Clube de Portugal (ACP) e o Ministério da Justiça dá a oportunidade a cinco reclusos, que cumprem pena de prisão por conduzir sem carta, terem o título de condução.
A carta de condução é oferecida se o recluso passar em todos os testes.
De acordo com o Expresso, os reclusos em questão já estiveram inscritos em escolas de condução mas nunca passaram nos exames e código, o que para o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, é uma questão preocupante, visto que “o mal dos exames de código é que estão escritos para a classe média, para as pessoas com alguma instrução”.
Esta parceria com o Ministério da Justiça tem dividido opiniões, mas o presidente da ACP, Carlos Barbosa, frisa que não se está a “beneficiar um criminoso”, mas sim a “ajudar pessoas a não voltarem à prisão por uma coisa tão absurda”. “Não são bandidos”, frisa.
Exemplo disso, destaca o semanário, é Paulo Jorge, condenado a cinco anos de cadeia depois de ter sido apanhado nove vezes a conduzir sem carta. Já foi a exame de código dez vezes, mas nunca passou.