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Médicos garantem que não voltam atrás na greve

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) garantiu hoje que não volta atrás na greve e admitiu endurecer a luta se o Governo mantiver a "lei da rolha" e as políticas de degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Médicos garantem que não voltam atrás na greve
Notícias ao Minuto

17:44 - 04/07/14 por Lusa

País FNAM

No final de uma reunião com a CGTP, em que a central sindical manifestou apoio à greve de 08 e 09 de julho, dos profissionais de saúde, a FNAM assegurou que, apesar de alguns recentes anúncios do Ministério da Saúde, no sentido de atender propostas do sindicato, a greve irá realizar-se.

A publicação do código de conduta ética, a que os médicos chamam "lei da rolha", a reforma hospitalar, o encerramento e desmantelamento de serviços, a falta de profissionais e de materiais e a atribuição de competências aos médicos, para as quais não estão habilitados, são os principais motivos na base da convocação desta greve.

"Há agora, com a pressão da greve, o anúncio da abertura de concursos para contratação de médicos", disse em conferência de imprensa a dirigente da FNAM Pilar Vicente, frisando: "As questões não estão resolvidas, não há volta atrás".

Depois da greve, os médicos vão aguardar pelas respostas da tutela às propostas apresentadas pelos sindicalistas e não descartam a possibilidade de realizar outra greve ou enveredar por "novas formas de luta".

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que a central sindical "está solidária com esta greve e seus objetivos", considerando que o Governo está a "destruir um dos alicerces mais importantes da população".

Para o sindicalista, o que "está em marcha é algo de afrontoso, que põe em causa os cuidados de saúde aos utentes", pelo que está na altura de responsabilizar a tutela.

"Chegou o momento de responsabilizar o Governo e o ministro da Saúde por qualquer ocorrência que possa surgir nos hospitais e nos centros de saúde e que ponha em causa a vida das pessoas, por ausência de meios e de condições para dar resposta às necessidades dos utentes", afirmou.

Lembrando que a greve "tem a ver com os direitos dos médicos, mas sobretudo com os direitos dos utentes e a defesa do SNS", Arménio Carlos apelou a todos os trabalhadores para que apoiem a greve decidida pela FNAM e a toda a população para que participe na manifestação marcada para 08 de julho, em frente ao Ministério da Saúde e na "grande manifestação" de 10 de julho, em frente à Assembleia da República.

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