Miguel Albuquerque falava no âmbito da cerimónia de descerramento da placa de bronze alusiva à intervenção nos tetos mudéjares da Sé do Funchal, que foi agraciada com um Prémio Europa Nostra 2023.
Entre os projetos desenvolvidos e os projetados de recuperação de património, Miguel Albuquerque mencionou a reabilitação do convento de Santa Clara.
"Vamos avançar na capela de São Paulo e é importante concluir, no próximo ano, a reabilitação da Quinta do Monte" - todos no concelho do Funchal -, acrescentou, adicionando, no âmbito do atual quadro comunitário, a recuperação do Recolhimento do Bom Jesus.
O galardão que distinguiu o restauro da Sé do Funchal foi anunciado a 13 de junho e distinguiu 30 obras de 23 países, tendo sido reconhecidos, de Portugal, também a técnica de pesca artesanal "Arte-Xávega" (na categoria de investigação), o Projeto Almada (na categoria de envolvimento de cidadãos) e o arqueólogo Cláudio Torres (enquanto "campeão do património").
O projeto de recuperação na Sé do Funchal teve um custo total elegível de 1,7 milhões de euros e contou com o apoio da União Europeia, através do FEDER, com 987.043,80 euros.
A conservação e restauro do teto mudéjar, com cerca de 1500 metros quadrados, foram desenvolvidos em cinco fases, entre novembro de 2019 e agosto de 2021.
O projeto incluiu também a remodelação da rede elétrica e a iluminação do interior da igreja, tendo sido efetuada a limpeza dos arcos dourados da capela-mor e da Capela do Santíssimo.
"Para memória futura, foi realizado um registo exaustivo da intervenção em fotografia e vídeo, para a produção de um documentário e de um livro sobre a intervenção", referiu uma nota distribuída pela presidência do governo madeirense.
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