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Crise política? Marcelo quer evitar comentários para se manter imparcial

O Presidente da República afirmou hoje que quer evitar comentários sobre o passado recente e o futuro próximo da política portuguesa para se manter imparcial no novo ciclo, perante os partidos que vão disputar eleições.

Crise política? Marcelo quer evitar comentários para se manter imparcial
Notícias ao Minuto

17:34 - 16/11/23 por Lusa

País Governo/Crise

"Eu não comento nada do que foi dito sobre o passado recente nem nada do que será dito sobre o futuro próximo. Em relação ao passado recente, passou, passou, fechou-se um ciclo da história portuguesa", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, num hotel em Bissau, onde esteve com o primeiro-ministro, a participar na celebração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau.

Interrogado sobre a sua coabitação com o primeiro-ministro, António Costa, que se encaminha para o fim, respondeu: "Eu não vou pronunciar-me. Tenho decidido não pronunciar-me, por uma questão de isenção, estamos em período pré-pré-eleitoral".

"Tudo o que eu disser -- entrámos num novo ciclo -- vai ser considerado, no novo ciclo, como sendo uma tomada de posição favorável a A, B ou C. E neste novo ciclo o que se pretende do Presidente da República é que seja imparcial perante aqueles que vão disputar eleições, partidos, candidatos à chefia do Governo, tudo isso", justificou.

Marcelo Rebelo de Sousa recusou, por isso, comentar declarações recentes do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, sobre a situação política atual: "O pior que poderia fazer era, por aquilo que digo ou não digo, ser interveniente num debate de alguns meses, que é um debate que terá outros protagonistas, e só eles, partidos e candidatos a primeiro-ministro".

Com o mesmo argumento, não quis revelar a sua opinião sobre se deve haver esclarecimentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a investigação judicial que levou o primeiro-ministro a apresentar a sua demissão: "Quando eu digo que não me pronuncio sobre nem aquilo que ocorreu nem aquilo que vai ocorrer ou que está a ocorrer neste momento, é precisamente isso mesmo. Eu acho que seria muito insensato estar a pronunciar-me sobre isso".

Perante a insistência da comunicação social para que comentasse o papel do Ministério Público, o chefe de Estado referiu que essa "é uma questão que tem a ver com o que acabou de ser vivido, o que está a ser vivido e o que irá ser vivido no futuro próximo", reiterando: "Portanto, não me vou pronunciar".

Marcelo Rebelo de Sousa não quis também regressar ao tema do desmentido que fez a Mário Centeno, governador do Palácio de Belém, em Lisboa, negando qualquer convite ou autorização de contacto para que chefiasse um eventual Governo apoiado pela maioria absoluta do PS sem recurso a eleições: "Eu o que tinha a dizer disse e está dito e não tenciono pronunciar-me mais sobre essa matéria".

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