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Sindicato dos Jornalistas critica Roger Schmidt: "Atitude inacreditável"

Em causa está uma pergunta feita ao treinador do Benfica após a vitória no dérbi de domingo contra o Sporting. Técnico alemão irritou-se com a questão e perguntou se o jornalista era "do Sporting ou do FC Porto". Organismo lembra que a liberdade para fazer perguntas é defendida pela Constituição.

Sindicato dos Jornalistas critica Roger Schmidt: "Atitude inacreditável"
Notícias ao Minuto

18:37 - 13/11/23 por Notícias ao Minuto

País Sindicato dos Jornalistas

O Sindicato de Jornalistas emitiu, no decorrer da tarde desta segunda-feira, um comunicado oficial, no qual repudia a polémica resposta dada por Roger Schmidt a um jornalista, na sala de imprensa do Estádio da Luz, depois do Benfica-Sporting.

Na noite de domingo, o treinador alemão, questionado se o resultado teria sido melhor do que a exibição - a propósito do facto do Benfica ter vencido por 2-1, com os dois golos a serem apontados já na compensação -, Schmidt irritou-se e perguntou ao jornalista se era "do Sporting ou do FC Porto". Algo que foi agora criticado pelo Sindicato dos Jornalistas, numa nota com o título "A liberdade de informar não tem clube".

O Sindicato dos Jornalistas acusa Roger Schmidt de colocar em causa "a independência e credibilidade" do jornalista em causa. "As declarações do técnico não podem ser toleradas num país em que tem que ser respeitada e garantida a liberdade de fazer perguntas", pode ler-se.

No mesmo comunicado, o órgão considera "inaceitável" a atitude do treinador do Benfica, lembrando que a mesma "é inaceitável num país em que a Liberdade de Imprensa é uma garantia fundamental e vinda de um protagonista que tem dimensão pública e social e que deve saber ter comportamentos responsáveis e ajustados a essa mesma dimensão."

Recordando que "os jornalistas questionam, e vão continuar a questionar" porque "é esse o seu papel, e está garantido na Constituição, no Artigo 38.º", o Sindicato dos Jornalistas "lamenta que, mais uma vez, os jornalistas sejam o bode expiatório para fugir a questões legítimas e que podem e devem ser feitas".

"O SJ aproveita para reiterar o apelo às Direções dos órgãos de informação, e respetivos profissionais, para que reajam ativamente a este tipo de atitudes, que atentam contra os jornalistas coletivamente, e tomem posição pública contra as mesmas. Ao jornalista em causa em concreto, o SJ coloca-se à disposição para tomar as ações que considerar convenientes", termina o comunicado.

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