Várias centenas de automobilistas e motociclistas sairam este domingo à rua, em várias cidades do país, contra o aumento do IUC, medida que dizem ser "vergonhosa e injusta".
Em Lisboa, os manifestantes avisaram o Partido Socialista que decisões como esta vão influenciar o resultado das próximas eleições.
Os automobilistas circularam, em marcha lenta, ao som de buzinas, exibindo nos vidros dos carros alguns cartazes, onde era possível ler frases de ordem como "IUC -- Inaceitável Usurpação ao Contribuinte" ou "Imoral, Ultrajante e Criminoso".
No Porto, houve queixas sobre a falta de apoio das associações do setor automóvel e garantias de que, nos casos comerciais, o aumento do imposto será imputado aos clientes.
Já em Faro, dezenas juntaram-se num 'buzinão' com folhas coladas nos vidros em que se podia ler "O meu carro não encosta", "Chaço é luxo", "IUC tu queres sei eu" ou "Medina! Paga tu!".
A fotografia do ministro das Finanças aparecia, aliás, em vários cartazes nos diferentes protestos, seguida da frase "Papa IUC".
O protesto, organizado pelo STOP IUC, um movimento de cidadãos apartidário, decorreu também em Leiria, Beja, Aveiro, Braga, Viseu, Bragança, Vila Real e Castelo Branco.
Veja, na galeria acima, algumas das imagens do protesto junto à Câmara do Porto e, abaixo, partilhas feitas por outros manifestantes, um pouco por todo o país, nas redes sociais.
Stop IUC pic.twitter.com/NlL3g5n27Q
— nelson vieira (@nelsonvieira17) November 5, 2023
STOP IUC PORTO#STOPIUC#antoniocosta#ps#ladrões pic.twitter.com/s8VjrOzkP6
— FSiLv (@FeRnAnDoS0110) November 5, 2023
Manifestação em Faro contra o aumento do IUC pic.twitter.com/9dqOOcIxYJ
— Maria João Catelo (@CateloJoao) November 5, 2023
A proposta de OE2024 altera as regras de tributação, em sede de IUC, para os veículos da categoria A de matrícula anterior a 2007 e motociclos (categoria E), determinando que estes deixem de ser tributados apenas com base na cilindrada (como sucede atualmente), passando a ser considerada a componente ambiental.
O OE2024 contém, contudo, uma cláusula de salvaguarda, determinando que o agravamento do imposto não pode, em cada ano, subir mais de 25 euros.
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