Marcelo usou hoje veto político pela 29.ª vez. Recorde os últimos

O Presidente da República usou hoje o veto político pela 29.ª vez, devolvendo ao Governo o decreto-lei sobre a reprivatização da TAP, sendo a sexta vez que exerce este direito em relação a legislação do executivo.

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Lusa
27/10/2023 19:42 ‧ 27/10/2023 por Lusa

País

TAP

Em carta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, o chefe de Estado contesta a omissão quanto ao futuro papel do Estado em decisões administrativas da empresa, questiona a possibilidade de alienação ou aquisição de ativos antes da venda da TAP e pede que seja assegurada a total transparência do processo.

Com o seu veto, Marcelo Rebelo de Sousa espera que o Governo reaprecie estes três aspetos, sobre os quais refere ter pedido esclarecimentos, mas considera que as respostas, recebidas na quinta-feira, não foram suficientemente clarificadoras.

Em sete anos e meio como Presidente da República, esta foi a sexta vez que exerceu o direito de veto em relação a legislação do Governo.

Os anteriores cinco decretos-lei que vetou foram sobre informação bancária, em 2016, o estatuto da Guarda Nacional Republicana (GNR), em 2017, sobre a contagem do tempo de serviço dos professores, em 2018, a Escola Superior de Terapêuticas Não Convencionais, em 2019, e os termos de progressão na carreira dos professores, em 26 de julho deste ano.

O seu último veto político foi em 21 de agosto, a um decreto do parlamento sobre habitação, com medidas sobre arrendamento e alojamento local, que entretanto foi confirmado em plenário, obrigando à sua promulgação.

Um ano após a sua eleição nas presidenciais de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa definiu-se como um Presidente da República que não recorre ao Tribunal Constitucional como "uma espécie de defesa", mas que exerce "sem complexo nenhum" o veto político, perante fortes divergências.

Com a decisão de hoje, utilizou 29 vezes o poder de veto político: três vezes em 2016, duas em 2017, seis em 2018, cinco em 2019, seis em 2020, três em 2021 e quatro em 2023. 

A maioria destes vetos políticos, 23, incidiram sobre legislação da Assembleia da República.

Além disso, vetou quatro decretos do parlamento por inconstitucionalidades declaradas pelo Tribunal Constitucional.

Leia Também: Marcelo devolve ao Governo diploma de privatização da TAP

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