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MP abre inquérito após queixa-crime de Pinheiro contra Costa e Galamba
O antigo adjunto do Ministério das Infraestruturas avançou com uma queixa-crime contra António Costa e João Galamba devido a "graves imputações de factos de génese criminal". PGR confirmou que a queixa-crime "deu origem à instauração de inquérito".
© Gerardo Santos / Global Imagens
País Ministério Público
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, esta sexta-feira, que recebeu a queixa-crime de Frederico Pinheiro, antigo adjunto do Ministério das Infraestruturas, contra o atual ministro da tutela, João Galamba, e o primeiro-ministro, António Costa, informando ainda que a queixa "deu origem à instauração de inquérito".
"Confirma-se a receção, muito recentemente, da queixa mencionada, a qual deu origem à instauração de inquérito", adiantou a PGR ao Notícias ao Minuto.
Sublinhe-se que, segundo uma notícia avançada pelo Público esta sexta-feira, Frederico Pinheiro avançou com uma queixa, em processo penal, na quarta-feira, contra António Costa e João Galamba, que o acusaram de "roubo" do computador de serviço, que acabou por ser recuperado pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS) em abril.
Em declarações ao jornal, Frederico Pinheiro, que já tinha anunciado que iria avançar com a queixa, afirmou que foi vítima de "uma condenação pública".
"A importância e a nobreza das funções [que António Costa e João Galamba] desempenham exigiam de ambos uma atuação diversa daquela que adotaram, abstendo-se de fazer uma verdadeira condenação pública da minha pessoa perante a Comunicação Social", adiantou.
Frederico Pinheiro acusa Costa e Galamba de o terem difamado "perante a opinião pública", considerando que as "imputações" que lhe fizeram "não podem passar impunes na justiça" uma vez que, "fazendo-se valer da sua projeção mediática", acabaram por imputar-lhe "factos falsos e de génese criminal, agressão violenta e roubo".
As ações dos governantes "colocaram em causa" a sua "honra, dignidade e bom nome perante a opinião pública". "Vi profundamente manchada a minha imagem, tanto no círculo pessoal como no círculo profissional", acrescentou.
O caso que envolve Frederico Pinheiro remonta a 26 de abril, envolvendo denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido.
A polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do SIS na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou demissão, mas que António Costa não aceitou.
[Notícia atualizada às 19h10]
Leia Também: Frederico Pinheiro avança com queixa-crime contra António Costa e Galamba
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