"A proposta do PSD é uma proposta que, não só temos em consideração, como também pode ser um ponto de partida para negociar. Achamos que é positivo ter havido esta proposta e esperemos que a mantenham", disse Mário Nogueira, em declarações à agência Lusa.
Apesar de a Fenprof defender a recuperação do tempo de serviço dos professores em três anos, Mário Nogueira considerou que a proposta do PSD é "um avanço" ao fazer "o reconhecimento de que este tempo de serviço tem de ser recuperado e que não é a recuperação desse tempo de serviço dos professores que vai levar o país à desgraça, à falência".
O custo da recuperação do tempo de serviço "é um valor que já é mais baixo do que aquele que se tem vindo a falar, os 300 milhões de euros, na medida em que cada ano que passa são mais três ou quatro mil professores que se reformam", afirmou o líder sindical.
Para Mário Nogueira, "o Governo já devia ter percebido que é uma questão de justiça e que este é um problema que, se for resolvido, é a forma das escolas voltarem a ter tranquilidade".
O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou no sábado que o partido vai propor o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviço dos professores, atribuindo 20% em cada ano.
Depois de uma semana dedicada à área da educação, o presidente do PSD anunciou no Porto algumas das propostas do partido para aquele que considerou "um setor em crise" e que vão do pré-escolar à recuperação do tempo de serviço dos professores.
O PSD propõe ainda a dedução, em sede de IRS, das despesas daqueles professores que se encontram deslocados a mais de 70 quilómetros da área de residência.
Na segunda-feira, vão realizar-se quatro reuniões no Ministério da Educação com os sindicatos representativos dos professores, sobre o regime jurídico de habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário.
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