O arguido, acusado de 11 crimes de abuso de confiança, vai começar a ser julgado a 28 de setembro, às 14:15, no Tribunal de Coimbra.
Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o administrador, que era sócio-gerente de uma empresa com sede em Coimbra, administrava condomínios de 11 prédios (nove em Coimbra, um em Condeixa-a-Nova e um em Vila Nova de Poiares).
Aproveitando-se da circunstância de exercer a administração dos condomínios, o arguido ter-se-á apoderado de quantias monetárias pertencentes aos mesmos, entre 2016 e 2018, nomeadamente contas poupança, fundos de reserva e quotas das frações que eram depositadas, refere o Ministério Público.
O valor subtraído de cada condomínio identificado pelo Ministério Público foi bastante variado, indo de 1.400 euros até 29.000 euros.
O administrador ter-se-á apropriado de um total de 88 mil euros.
"O arguido não se coibiu de fazer suas as quantias referidas [...] e as gastar em benefício próprio, agindo contra a vontade e sem autorização dos condóminos dos prédios suprarreferidos", salientou.
Na acusação, o Ministério Público nota ainda que, até janeiro de 2023, o arguido ainda não tinha devolvido as quantias em causa.
Leia Também: Ministério assume atraso na progressão da carreira de oficiais de justiça