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Prejuízos de fogo de Odemira podem ir até 2,5 milhões, diz autarca

O presidente da Câmara de Aljezur, José Gonçalves, estimou hoje "entre dois e 2,5 milhões de euros" os prejuízos causados pelo incêndio que em agosto atingiu este concelho do Algarve, depois de ter começado em Odemira (Alentejo).

Prejuízos de fogo de Odemira podem ir até 2,5 milhões, diz autarca
Notícias ao Minuto

13:29 - 13/09/23 por Lusa

País Incêndios

A estimativa foi avançada na sequência de uma reunião que teve na terça-feira ao fim do dia em Odemira, no distrito de Beja, com autarcas deste concelho e de Monchique (Faro) e da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

O incêndio no concelho de Odemira teve início em 05 de agosto e foi dado como dominado dia 09, seis dias depois de ter deflagrado, tendo entrado nos municípios algarvios de Monchique e Aljezur.

José Gonçalves sublinhou a atenção que a região tem tido por parte do executivo central com ida "ao terreno" de vários governantes e mostrou-se confiante com a aprovação de apoios nas próximas semanas, depois de ser feita uma avaliação "mais fina" dos prejuízos, nomeadamente na área florestal.

"A prioridade dos apoios deve centrar-se nas pessoas, nas casas de primeira habitação", realçou o autarca, que tem 15 dias para enviar "o detalhe" dos prejuízos e deverá reunir-se novamente com a ministra e os restantes concelhos atingidos dentro de um mês.

José Gonçalves disse ainda estar preocupado com a falta de vegetação nas encostas que rodeiam a vila da Odeceixe e o possível arrastamento de materiais em caso de chuvas, visto que o fogo atingiu toda a envolvente da povoação e afetou a ribeira de Seixe.

O presidente da Câmara de Monchique, em declarações à Lusa, também manifestou o desejo que o Governo aprove apoios à região da ribeira de Seixe, uma zona atingida pelo fogo que abarca os três concelhos atingidos e que, segundo o autarca, "tem uma riqueza ambiental muito importante".

Paulo Alves estimou em cerca de 400 mil euros os prejuízos no seu concelho, reconhecendo não ter tido o impacto registado nos municípios vizinhos.

"Em termos proporcionais com os outros dois concelhos, em Monchique também houve prejuízos, mas não têm a mesma relevância", disse.

Em Monchique não houve danos em primeiras habitações, mas o autarca referiu alguns prejuízos na sinalética e a necessidade de se avaliar de uma forma mais precisa o impacto na zona florestal do concelho.

Na terça-feira, a ministra da Coesão Territorial revelou que, "daqui a 15 dias", estará feito o levantamento final dos prejuízos causados pelo incêndio e que dentro de "um mês haverá uma nova reunião".

O incêndio no concelho de Odemira teve início no dia 05 de agosto e foi dado como dominado às 10:15 do dia 09, seis dias depois de ter deflagrado numa área de mato e pinhal na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio.

O fogo chegou a entrar nos municípios algarvios de Monchique e Aljezur e a área ardida ascende a cerca de 8.400 hectares, num perímetro de 50 quilómetros.

As chamas afetaram explorações agrícolas e turísticas, principalmente nos concelhos de Odemira e de Aljezur, tendo em Monchique destruído cerca de 350 hectares de mato e floresta.

Leia Também: Autarca de Odemira espera por medidas de apoio do Governo em outubro

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