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Análises clínicas do hospital de Loures asseguradas pelo CHLC

A colheita e o processamento de análises clínicas dos utentes do Hospital Beatriz Ângelo passam a ser feitos pelo Centro Hospitalar Lisboa Central, que terá uma equipa instalada na instituição, permitindo poupar anualmente 400 mil euros.

Análises clínicas do hospital de Loures asseguradas pelo CHLC
Notícias ao Minuto

10:08 - 04/09/23 por Lusa

País Hospital

O anúncio foi feito hoje à agência Lusa pelas presidentes das duas instituições, que assinam hoje um protocolo de parceria que apresenta como "caráter inovador" a centralização total do processamento de análises clínicas de um hospital do Serviço Nacional de Saúde num centro hospitalar também do SNS.

"Pretende-se com esta articulação melhorar a qualidade dos cuidados prestados de forma articulada e integrada, com ganhos para ambas as partes", disse à agência Lusa a presidente do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), Rosa Valente de Matos, salientando a rentabilização da capacidade instalada da Patologia Clínica do centro hospitalar.

Rosa Valente de Matos referiu que também é função do CHULC, "como hospital de final de linha altamente especializado", cooperar e apoiar as instituições do SNS, sendo neste âmbito que surge o projeto de cooperação com o Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures.

"Também foram criadas condições que nos tornam de certa maneira mais eficientes, mais rentáveis e temos capacidade de captar mais profissionais para o Serviço Nacional de Saúde", acrescentou.

O diretor do Serviço de Patologia Clínica do centro hospitalar, Carlos Flores, explicou que o CHULC substituiu o laboratório privado que estava a realizar este procedimento no HBA e passa a ter diariamente no Hospital de Loures um a dois médicos patologistas clínicos e o corpo técnico, "com uma retaguarda no central sempre disposta a responder a qualquer problema", no total de 20 profissionais de saúde.

A presidente do HBA, Rosário Sepúlveda, disse por seu turno à Lusa que as partes começaram a trabalhar neste projeto há quase um ano para garantir "uma passagem tranquila" de uma responsabilidade que estava atribuída a um parceiro externo para uma instituição do SNS, considerando "uma mais-valia" este funcionamento em rede.

O projeto garante "uma melhor utilização da capacidade instalada que existe", valoriza os profissionais que estão no SNS e permite uma poupança estimada em cerca de 400 mil euros anuais ao HBA, salientou.

Segundo o diretor clínico do HBA, Carlos Simões Pereira, o CHULC irá assegurar a colheita e o processamento de análises dos três serviços de urgência (geral, pediátrica, ginecologia e obstetrícia), além do trabalho normal do internamento num hospital com cerca de 300 camas e do acompanhamento em consulta.

"Em todos estes ambientes, fazem-se por dia largas dezenas, quando não centenas de exames" de hemograma, bioquímica, de coagulação, bem como exames mais específicos de microbiologia e da área de endocrinologia, que "são decisivos para a prática clínica".

Carlos Simões Pereira destacou também como mais-valia, "numa perspetiva estritamente clínica", o facto do laboratório principal estar "muito mais próximo geograficamente" do hospital, o que permitirá "agilizar muito" o processo das colheitas, do tratamento das amostras e da disponibilização dos resultados em tempo útil".

"Nesse sentido, a nossa expectativa é que, à parte de ser muito satisfatório que o sistema seja incorporado no Serviço Nacional de Saúde, haja uma maior agilidade e uma maior diferenciação nos exames que são disponibilizados e que nos permita melhorar também a nossa prática clínica em tempo real para os doentes", afirmou o responsável, sublinhando que o HBA acolheu "com entusiasmo esta nova parceria e a mudança que se perspetiva".

O Protocolo de Colaboração para Prestação de Serviços em Patologia Clínica entre o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e o Hospital Beatriz Ângelo é assinado hoje no HBA e conta com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

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