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Médicos portugueses solidários com colegas moçambicanos em greve

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM), de Portugal, solidarizou-se hoje com os colegas moçambicanos, em greve desde 10 de julho por melhores condições de trabalho, defendendo um movimento internacional pelo serviço público de saúde.

Médicos portugueses solidários com colegas moçambicanos em greve

© iStock

Lusa
18/08/2023 13:33 ‧ há 2 anos por Lusa

País

FNAM

"Prezamos e queremos desenvolver e aprofundar a dimensão internacionalista da luta pela ideia generosa de que, para assegurar Serviços Nacionais de Saúde, a primeira medida terá de ser cuidar e defender a qualidade da carreira médica, as suas condições de trabalho, a justa valorização salarial e a sua perspetiva de futuro", lê-se num comunicado divulgado hoje pela comissão executiva da FNAM.

A Associação Médica de Moçambique (AMM) reúne-se este domingo em assembleia-geral, em Maputo, para decidir sobre a prorrogação para um terceiro período, novamente de 21 dias, da greve da classe, em que criticam a nova tabela salarial na função pública, com cortes nas remunerações, exigindo, entre outras reivindicações, melhores condições no sistema nacional de saúde.

Paralelamente, várias dezenas destes profissionais já saíram à rua, em protesto, em Maputo e na província de Sofala, este mês.

"Tal como em Portugal, os médicos em Moçambique estão em greve e em luta por melhores condições de trabalho, aumento de salário, bem como o pagamento de horas extraordinárias devidas pelo Estado. Defendem igualmente a ideia de haver um Serviço Nacional de Saúde acessível a todos os cidadãos e de qualidade", recorda o comunicado da FNAM, sublinhando que segundo a AMM trata-se de uma "luta" que "é pelo Serviço Nacional de Saúde".

"Face à coragem dos médicos em luta em condições particularmente difíceis, a FNAM fez chegar a sua solidariedade, algo que também fizemos relativamente à luta dos médicos britânicos na defesa do National Health Service (SNS)", explica ainda.

A AMM ameaçou na quarta-feira paralisar as atividades de assistência mínima, acusando o Governo de intimidação e falta de abertura para o diálogo.

"Face a este posicionamento do nosso Governo em optar por intimidações, furtar-se ao diálogo e não cumprir com os compromissos, nós informamos que a classe médica reserva-se o direito de cancelar as suas cedências (...). Nenhum médico voltará ao trabalho e o Governo terá que contratar mais de 1.500 médicos", disse o presidente da AMM, Milton Tatia, numa conferência de imprensa em Maputo.

No dia anterior, o Conselho de Ministros considerou que as principais exigências da classe não encontram enquadramento na lei, não descartando a possibilidade de afastar os médicos que insistirem no protesto, principalmente os profissionais que estão nas categorias de especialização e nomeação provisória.

"No geral, o que se coloca é que o médico reclama que devia ser pago quatro vezes mais nas suas horas extras em relação a qualquer outro funcionário (...). Bom, convenhamos, isto é relativamente estranho e diferenciador (...). Já agora é ilegal", declarou à comunicação social Inocêncio Impissa, porta-voz do Governo, após uma sessão do Conselho de Ministros na terça-feira.

Leia Também: Portugal em 2.º na UE com mais médicos a exercer por cem mil habitantes

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