Incêndios. LBP critica "ausência de meios aéreos logo ao amanhecer"
LBP censura ausência de alterações no contrato para que esteja seja adequado "às necessidades".
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País Incêndios
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) criticou, esta segunda-feira, a gestão no combate aos incêndios, especificamente "a ausência de meios aéreos" assim que amanhece.
"A ausência de meios aéreos logo ao amanhecer continua a ser a tónica da sua gestão no combate aos incêndios. Esta história tem anos, sistematicamente posta em causa pela Liga dos Bombeiros Portugueses, mas continua por resolver", lê-se numa publicação divulgada no Facebook oficial da LBP, intitulada "Meios aéreos 'dorminhocos'".
A entidade liderada por António Nunes destaca que os "bombeiros aproveitam a janela de oportunidade da noite para tentar progredir no combate, na esperança de que no raiar do sol os meios aéreos possam completar o seu trabalho." Mas, "infelizmente não é assim".
A LBP entende que a situação se prenda com o contrato, tal como justificam, mas defende que o mesmo tem de ser alterado para "adequá-lo às necessidades". "Até lá, não dispondo dos meios aéreos ao amanhecer, podemos concluir que temos que 'adaptar' o fogo a isso", conclui a LBP.
De realçar que, hoje, o ministro da Administração Interna disse que "para já" não vai ser declarada a situação de alerta devido aos incêndios rurais, tendo em conta a resposta do dispositivo ao combate e as condições meteorológicas.
"Quer pela resposta do dispositivo, quer pelo número de incêndios, quer pela alteração que parece ser positiva do movimento dos ventos e também porque tem havido, de ontem [domingo] para hoje, uma relativa reposição da humanidade noturna, para já não vai ser determinada a situação de alerta", afirmou aos jornalistas José Luís Carneiro.
"O dispositivo está a conseguir demonstrar capacidade na resposta aos incêndios, apesar de termos tido dois grandes incêndios e de maior dimensão de área ardida", disse, referindo-se aos fogos em Proença-a-Nova (Castelo Branco) e Ourém (Santarém).
No domingo, a secretária de Estado da Proteção Civil afirmou que Governo estava a ponderar declarar situação de alerta devido ao elevado perigo de incêndios rurais nos próximos dias, em que se prevê um quadro meteorológico "complexo".
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