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Associação prevê que rendas no Stop aumentem "inevitavelmente"

A Associação Cultural de Músicos do Stop (ACM Stop), centro comercial que alberga lojas, salas de ensaio e estúdios no Porto, considera que as rendas "vão inevitavelmente ser aumentadas", segundo um comunicado emitido após uma reunião de proprietários.

Associação prevê que rendas no Stop aumentem "inevitavelmente"
Notícias ao Minuto

12:52 - 06/08/23 por Lusa

País STOP

"Ficou (...) claro que as rendas vão inevitavelmente ser aumentadas, e que vão eles, proprietários, exercer de forma ativa todos os direitos que a lei lhes confere: alugar, aumentar, despejar, vender... conforme seja sua conveniência", pode ler-se num comunicado da ACM Stop redigido na sexta-feira, a que a Lusa teve hoje acesso.

O comunicado refere que a ACM Stop, tal como a Alma Stop (a outra associação de músicos) foi convidada a assistir a uma reunião de 54,7% dos proprietários das frações do Stop, que decorreu na quinta-feira.

"Fomos claramente surpreendidos pela excelente organização que vimos, pela enorme qualidade e quantidade de trabalho realizado em tão poucos dias, em prol do interesse desses mesmos proprietários", refere o comunicado da ACM Stop.

A associação refere ainda que "ficou absolutamente claro pelos proprietários assumirem os destinos do C.C. STOP e proceder à legalização do mesmo, tomando todas as providências para tal".

Segundo a ACM Stop, os proprietários estimam passar a uma representatividade superior a 66% na reunião agendada para 31 de agosto.

Decorrente destes desenvolvimentos, para a ACM Stop "o fim do C.C. Stop como está atualmente começou ontem" [referência à quinta-feira da reunião de proprietários], agradecendo ironicamente à Alma Stop, "pelo excelente trabalho que tem feito em prol da destruição da comunidade Stop".

"Foi graças à sua ânsia desmedida de protagonismo e mediatismo pessoal e coletivo que conseguiram ressuscitar um grupo de proprietários que até hoje se fez de morto, e nunca deu as caras", entende a ACM Stop.

A ACM Stop acusou ainda a Alma Stop de atrasar a reabertura do centro comercial ao "encetar um confronto" com a Câmara do Porto, para "no final aceitar textualmente as condições" da autarquia para a reabertura do espaço na sexta-feira.

Os proprietários da maioria das frações do Centro Comercial Stop (CC Stop), no Porto, "não se reveem" no projeto de licenciamento a tramitar na câmara municipal, segundo uma carta aberta a que a Lusa teve hoje acesso.

Segundo a missiva, "é intenção da maioria dos proprietários do CC Stop desenvolver diligências no sentido do processo de regularização das condições de salubridade e segurança do CC STOP, junto da CM do Porto, e demais entidades competentes, seja claro e fundamentado na legalidade".

O processo deve também ser assente "na forma, objeto e estimativa de custos, à realidade do uso atual do CC STOP no sentido da manutenção da utilização atual no âmbito de comércio e serviços, estúdios de música, salas de ensaio, ensino de música e espaços artísticos, bem como outras áreas comerciais de apoio", segundo os proprietários.

Segundo o administrador do condomínio do Stop, Ferreira da Silva, o centro precisa de um investimento de seis milhões de euros para que sejam asseguradas todas as condições de segurança para a continuação da comunidade musical no edifício, disse em 24 de julho.

O Centro Comercial Stop, que funciona há mais de 20 anos como espaço cultural e diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas, reabriu na sexta-feira, depois de a maioria das lojas ter sido selada em 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem ter "para onde ir".

No local está em permanência um corpo do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, com um carro à porta, uma solução de caráter temporário.

Leia Também: Proprietários do Stop "não se reveem" no projeto a tramitar na Câmara

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