O cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, vincou esta segunda-feira o volume de trabalho de jovens voluntários e a quantidade de pessoas disponíveis para ajudar na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), desde o nível local ao nacional, evocando que a geração de 2023 é "a geração de quem fez a JMJ e que marcará a nossa sociedade".
O cardeal elogiou o esforço dos jovens naquela que foi a primeira conferência de imprensa da JMJ, no Pavilhão Carlos Lopes, o espaço designado para acolher os milhares de jornalistas nacionais e internacionais que vão cobrir o evento.
Manuel Clemente começou por recordar o passado da JMJ e a forte adesão, a nível local e das dioceses e paróquias, que o evento foi tendo para os jovens católicos. E essa "energia", afirmou, tornou possível a realização do próprio evento.
"A JMJ é sobretudo uma obra da juventude portuguesa, organizada nestes vários escalões, e que levou isto por diante", salientou.
Para o cardeal patriarca, a JMJ só foi possível graças à "participação extraordinária, e em alguns casos até quase esgotante, de dezenas de milhares de pessoas sobretudo jovens, mas alguns que são jovens há mais tempo", alguns dos quais que começaram a trabalhar logo após o anúncio de que o evento viria para Portugal.
Por isso, Manuel Clemente acredita que a participação ativa vai ser um benefício para o país, considerando que "esta geração marcará necessariamente a nossa sociedade em Portugal e muitas outras sociedades que aqui também se congregam".
"Esta experiência de militância, de serviço, de compromisso, de tantos milhares de jovens e de outras pessoas, na preparação de agora e na efetivação da Jornada, cria uma geração, que já se começa a chamar geração de 2023, constituída por dezenas de milhares de jovens que trabalharam e estão a trabalhar na jornada, e que ganharam uma maneira de estar na sociedade, na vida, também igualmente comprometida e com projeção alargada para o bem de todos, transmitindo uma mensagem boa e de esperança", afirmou.
A Jornada Mundial da Juventude vai arrancar oficialmente na terça-feira, e Manuel Clemente irá à missa de abertura, no palco montado no Parque Eduardo VII, em Lisboa. O evento irá passar pela área de Lisboa e por Fátima até ao próximo domingo, e são esperados pela organização mais de um milhão de peregrinos na cidade de Lisboa.
[Notícia atualizada às 13h03]
Leia Também: JMJ foi "pretexto para um território que foi finalmente transformado"