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Eduardo ficou tetraplégico aos 16 anos. Família precisa, agora, de ajuda

Jovem português, que sofreu um acidente numa piscina de Marrocos, esteve internado nos Cuidados Intensivos durante dois meses. Devido à sua condição, precisa de tratamentos de custo avultado e de obras em casa. Familiares criaram agora uma conta solidária para quem quiser (e puder) ajudar.

Eduardo ficou tetraplégico aos 16 anos. Família precisa, agora, de ajuda

14 de abril de 2023. A família Cunha, do Porto, tinha acabado de chegar a Agadir, em Marrocos, para passar um fim-de-semana prolongado em família, quando o destino mudou todos os planos.

O entusiasmo do auge dos seus 16 anos, levou Eduardo Cunha, tratado pelos mais próximos por Edu, a correr para as piscinas do local onde a família estava alojada. Tudo corria bem até que o adolescente teve um acidente no escorrega que estava integrado numa das piscinas, como contou ao Notícias ao Minuto, Mafalda, uma das irmãs do jovem.

Socorro demorou demasiado tempo

Seguiram-se "momentos de muito desespero e pânico", não só porque a família não sabia o que Eduardo teria, uma vez que ficou imediatamente imobilizado, como também pelo facto de estarem num país (e continente) "pouco desenvolvido e com poucos recursos", como se veio a refletir, segundo Mafalda, "no socorro, que demorou demasiado tempo e com condições insuficientes e incapazes de fazer face ao seu estado".

Perante todo o panorama, e após contacto com um médico ortopedista do Hospital de Santo António, no Porto, que disse à família que, face à lesão, Edu teria de ser operado, no máximo, em menos de 24h, "foi uma missão contra o tempo" transportá-lo para Portugal.

"Com a ajuda de alguns amigos, conseguimos o repatriamento através do investimento numa companhia aérea privada marroquina, que concretizou o transporte com um médico a bordo. Aterramos no Porto ao início da tarde, tendo o Eduardo sido operado de urgência no Hospital de Santo António", acrescentou Mafalda.

Diagnóstico de tetraplegia

Já aí, a família teve a confirmação do diagnóstico que tanto temia. Eduardo sofreu uma lesão muito grave na cervical, levando-o a um diagnóstico de tetraplegia, tendo ficado com mobilidade reduzida parcial nos membros superiores e total nos membros inferiores.

Seguiram-se dois meses nos Cuidados Intensivos e uma semana e meia na enfermaria de Ortopedia, sempre no Hospital de Santo António. O processo foi longo e demorado, uma vez que a lesão que sofreu impactou, também, o estado clínico e respiratório do adolescente.

Atualmente, Edu encontra-se no Centro de Reabilitação do Norte (CRN), em Valadares, onde deu entrada há três semanas. "Está, desde então, totalmente focado na sua reabilitação", revelou a irmã ao Notícias ao Minuto, adiantando que os tratamentos são muitos e de valor avultado.

7 mil euros por mês

"Os tratamentos passam por fisioterapia de reabilitação intensiva; terapia ocupacional; hidroterapia; eletroterapia; entre outros. Além disso, existem, ainda, cada vez mais diferentes tipos de tratamentos inovadores e alternativos, com mais foco no estrangeiro. A nível de internamento em clínicas nacionais, os valores rondam os 7 mil euros por mês. Em termos de ambulatório, estimamos 5 mil euros mensais. No estrangeiro, depende do destino e do tratamento em questão, mas são todos mais dispendiosos", disse, Mafalda, abrindo assim a janela à possibilidade de Edu fazer algum tratamento fora de Portugal.

Além destas despesas, a família Cunha terá de face a obras substanciais em casa para o regresso de Edu, "desde a construção de uma plataforma elevatória/elevador, à adaptação de um quarto com casa de banho adaptada e à criação de uma rampa e entrada para o carro".

Algo que terá de acontecer em breve, uma vez que, apesar de não haver previsão certa para o regresso por completo a casa, Eduardo poderá ir, de acordo com a irmã, "num futuro próximo", passar os fins de semanas com a família.

Enquanto isso não acontece, a família reveza-se no Centro de Reabilitação do Norte para que Edu nunca se sinta sozinho.

"Mudou tudo no que diz respeito à rotina e logística familiar. Os pais acompanham o Eduardo constantemente. Passam os dias a revezar-se entre turnos de dia mais noite. De forma a descansarem um pouco, a irmã mais velha ajuda nessa mesma logística durante a semana. Ao mesmo tempo, é necessário assegurar a logística com o irmão mais pequeno também. No fundo, a família desdobra-se, tentando manter sempre alguma estabilidade", contou Mafalda.

Conta solidária

Para fazer face a todas as despesas dispendiosas necessárias - desde as obras da casa, aos recursos técnicos e humanos, às terapias - de forma a que Eduardo consiga ter as condições indispensáveis e fundamentais para a vivência do seu dia-a-dia e para a sua recuperação, a família criou uma conta solidária para as pessoas "ajudarem da maneira que puderem".

Neste momento não há nenhum valor estipulado, mas as despesas cruciais no presente e no futuro próximo, para que Eduardo possa regressar a casa, rodam, segundo Mafalda, "os 30 mil euros".

Além do apoio monetário, como realçou a jovem ao Notícias ao Minuto, Edu precisa também de apoio psicológico, de "sentir que as pessoas estão ao lado dele nesta luta, dando-lhe muita força e esperança de que tudo irá correr bem".

Esse apoio pode ser dado, por exemplo, através da conta de Instagram do adolescente, Unidos pelo Edu, onde poderá também ter acesso ao IBAN e número de MbWay para o qual poderá fazer um donativo.

Notícias ao Minuto [Contas para ajudar o Edu]© Eduardo Cunha  

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